Governo combate malária em Calçoene

 

Equipes da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) estão em Calçoene executando plano de ação estratégica para controlar o aumento da malária naquele município localizado a 370 quilômetros de Macapá. Entre as ações, buscas ativas por casos da doença e testagem rápida. Todo o trabalho realizado pelas equipes da SVS é feito de forma técnica e humanizada para acolhimento e, caso precise, tratamento para os moradores da região.

 

Uma das moradoras beneficiadas com a estratégia foi a dona de casa Edna Melo, de 30 anos. Ela foi diagnosticada com a malária falciparum, que, de acordo com os especialistas da SVS, é considerada emergência médica e o tratamento deve ser iniciado nas primeiras 24 horas a partir do início da febre.

 

 

Edna recebeu orientações e atendimento técnico da equipe para prosseguir o tratamento da maneira correta e foi alertada sobre como evitar outros casos da doença em sua comunidade.

 

“Foi muito bom ter esse acompanhamento e essa explicação. Eu estava tomando a medicação errada e, agora, vai dar tudo certo com o novo tratamento”, conta a moradora.

 

Outro caso que está recebendo ajuda e acompanhamento técnico é o da família da Maria Rejane de Souza, de 37 anos. Ela tem quatro filhos, e dois deles, um de 4 e de 7 anos, foram diagnosticados com a doença na forma mais branda, a malária vivax.

 

“Fomos até a Unidade Básica de Saúde do Lourenço e fizemos testes. Dois dos meus filhos testaram positivo para malária. Hoje, tivemos a visita em casa da equipe e meus outros dois filhos também farão o teste. A informação sobre a doença é muito importante para a prevenção e tratamento”, disse Maria Rejane.

 

 

Busca ativa

Com a testagem rápida para a população, o objetivo da SVS é identificar casos da malária, inclusive assintomáticos, que também precisam de tratamento para evitar o avanço e proliferação da doença.

 

A SVS monitora o município desde outubro e, atualmente, com o aumento de casos, as equipes colocam em prática as seguintes estratégias:

• Distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida para redes;
• Disponibilidade de mais kits para testagem rápida; principalmente nas áreas de garimpos;
• Exame da gota espessa, que permite diferenciação das espécies de plasmodium (protozoário causador da malária) e do seu estágio de evolução;
• Ação educativa junto à população;
• Apoio de logística com reforço de material como microscópio, veículo e equipes técnicas.

 

 

Levantamento

Pelos dados da SVS, do dia 1 ao dia 18 de janeiro de 2022 foram registrados 23 casos de malária na cidade. No mesmo período deste ano, os números saltaram para 209 casos. Os dados fazem parte do relatório preliminar da Unidade de Vigilância Ambiental da SVS.

 

Um dos focos da ação são os garimpos. Dos casos notificados pela SVS, em 2023, 97% estão concentrados nestas regiões, cerca de 70% das pessoas acometidas com a malária são do sexo masculino. A faixa etária corresponde a 65% em pessoas de 20 a 49 anos e 8% em crianças até 9 anos.

 

 

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