Governo cria estratégia para controlar aumento de malária em Calçoene
Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá monitora situação no município desde outubro de 2022

O Governo do Amapá iniciou nessa segunda-feira um Plano de Ação Estratégica para controlar o aumento de malária em Calçoene, distante 370 quilômetros de Macapá.
A Superintendência de Vigilância em Saúde monitora o município desde outubro do ano passado. Pelos dados da SVS, do dia 1 ao dia 18 de janeiro de 2022 foram registrados 23 casos de malária na sede municipal.
No mesmo período, agora de 2023, os números saltaram para 209 casos. A abertura de garimpos ilegais e a forte migração de pessoas na área contribuem para o aumento da malária em Calçoene.
Áreas de garimpo
As áreas de garimpo são consideradas áreas propícias para a transmissão da malária, pois as atividades de mineração aumentam o potencial malarígeno da área. Além de promover o aumento do desmatamento e a criação de novos criadouros, ainda existe a circulação de pessoas provenientes de diferentes áreas, muitas delas endêmicas.
Além disso, os garimpos localizam-se em áreas de difícil acesso com serviços de saúde limitados ou inexistentes, e, em alguns casos, operam na ilegalidade, fatores que dificultam consideravelmente a cobertura de serviços de diagnóstico e de tratamento oportunos, além das ações de controle vetorial.
Malária
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Apresenta cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente.
Testes rápidos
O Governo do Amapá entregou testes rápidos para o diagnóstico da malária (vivax, falciparum e mista) para 14 municípios, entre eles Macapá, Santana, Calçoene, Porto Grande, Cutias, Ferreira Gomes, Mazagão e Oiapoque.
O material foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Controle/Eliminação da Malária e entregue pela Superintendência em Vigilância e Saúde (SVS) aos representantes de laboratórios.
O teste rápido viabiliza a realização do exame em locais remotos, de difícil acesso e lugares que não é possível o manuseio de equipamentos laboratoriais.
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