Cidades

Hipótese da presidente Dilma não concluir mandato, diz Tarso Genro

O ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro do governo Lula, o petista Tarso Genro, disse ter preocupação com a hipótese de a presidente Dilma Rousseff não conseguir terminar o mandato. Ele também afirmou não acreditar na possibilidade de um “golpe militar” e defendeu que as “forças democráticas” do país dialoguem.


O pedido de saída da presidente do comando do Executivo tem sido uma das principais reivindicações dos protestos realizados no país nos últimos meses. Na Câmara, quatro pedidos de abertura de processo de impeachment foram arquivados em agosto, mas outros pedidos de investigação e afastamento ainda devem ser analisados.

As declarações de Tarso Genro foram dadas em entrevista no programa “Preto no Branco”, do Canal Brasil, apresentado pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, colunista do jornal “O Globo”. Tarso foi questionado se tem preocupação com a dificuldade de Dilma terminar o mandato e se acha que de fato ela o concluirá.

“Tenho essa preocupação, sim. Tanto é verdade que eu sustento que o PT, se deve ter algum elemento de unidade hoje, é o apoio determinado, sério, organizado e dialogado com toda a sociedade de que a presidenta Dilma tem o direito de governar. Tem que ter estabilidade para governar, mesmo que seja para fazer esse ajuste que está aí”, declarou.

Tarso, no entanto, emendou dizendo não acreditar no risco de um golpe. “Não acho que o Brasil esteja inclinado, hoje, a receber um golpe militar ou coisa parecida. Não acredito nisso. Hoje nossas Forças Armadas têm maturidade e qualidade suficientes para preservar a sua condição de guardiã da Constituição, das fronteiras e de nossa estabilidade, assim como os demais poderes. Evidentemente, tem processos legais que podem ser levados a isso”, completou.

Diálogo
O ex-ministro disse haver necessidade de diálogo entre as “forças democráticas”, incluindo os ex-presidentes. “Eu disse há pouco e repito que os ex-chefes de estado (…) têm a obrigação de conversar em momentos de crise porque têm um valor mais alto a preservar. Valor, inclusive, que preserva as condições deles terem contenciosos políticos.


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