Cidades

Indústria mobiliária do Amapá começa a operar com viés de legalidade

Setor moveleiro passa a receber madeira da Twforest, única organização no estado que industrializa madeira nativa com manejo florestal sustentável


Foto: Bruno Ítalo/DA

Douglas Lima
Editor

 

O setor moveleiro do Amapá, pela primeira vez, em sua história, trabalha na legalidade, podendo agora até exportar seus produtos sem o constrangimento de não poder comprovar a procedência da madeira utilizada em suas fabricações.

 

O novo tempo da indústria mobiliária do estado se tornou possível porque o governo acatou reivindicações do Sindicato das Indústrias de Mobiliário do Estado do Amapá (Sindmóveis) e do Centro de Desenvolvimento das Indústrias Madeireiras do Amapá (Cadima).

 

Inspirados no fato de que a madeira local comercializada em sua grande maioria é ilegal, e para não se submeter às imposições da lei, Sindmóveis e Cadima pediram ao governo uma parceria com a Twforest, empresa que industrializa madeira nativa com manejo florestal sustentável como concessionária do estado do Amapá.

 

Juarez Oliveira, presidente do Cadima, informa que a Twforest é a única organização que no Amapá trabalha legalmente com madeira por conta de concessão oriunda de licitação de que foi vitoriosa.

 

 

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) chamou a concessionária que, por sua vez, aceitando proposta, passou a fornecer quantitativo de madeira para a indústria mobiliária.

 

Para ampliar as possibilidades da atuação das empresas que trabalham na produção de mobiliário, Cadima e Sindmóveis chamaram mais uma vez o governo do estado e ainda o Sebrae para a elaboração de um acordo.

 

Pelo que foi acordado, a Twforest fornece a madeira para o Cadima, que faz o desembaraço legal e tributário da transação, e depois repassa o produto para o Sindmóveis distribuí-lo para empresários sindicalizados.

 

Juarez ressaltou que a ilegalidade na qual ainda vive o setor madeireiro e, por tabela, o mobiliário, não é por culpa dos que operam, mas porque o estado ainda não se dispôs a estabelecer políticas públicas sobre essa área tão importante da economia.

 

O titular do Cadima observa que por falta de políticas públicas o governo perde muito em impostos sobre a madeira comercializada, por exemplo, no Canal das Pedrinhas, Canal do Jandiá e Bueiro, toda ela vinda das ilhas do Pará e absolutamente ilegal.

 

Juarez ainda informou que o Centro de Desenvolvimento das Indústrias Madeireiras do Amapá tem proposto concessão para também operar com madeira nativa proveniente de manejo florestal sustentável, mas ainda não conseguiu essa liberação do governo.

 


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