Cidades

João Henrique contesta proposta de Clécio Luís para assumir manutenção da Fortaleza de São José

Secretário de Infraestrutura diz que o governo está realizando os investimentos necessários na área interna do monumento e afirma que limpeza, manutenção e iluminação da área externa é responsabilidade da prefeitura de Macapá.


O secretário de estado de Infraestrutura (Seinf) João Henrique Pimentel contestou na manhã desta sexta-feira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) as declarações do prefeito Clécio Luís (REDE) no programa do dia anterior, de que a responsabilidade da limpeza, manutenção e iluminação pública do entorno da Fortaleza de São José é do governo do estado (GEA). Segundo João Henrique, essa responsabilidade é da prefeitura, porque ao governo cabe exclusivamente a manutenção da área interna do monumento.

“Ao contrário do que o prefeito disse, essa responsabilidade é sim da prefeitura, porque ao governo cabe a manutenção, limpeza e conservação da parte interna da Fortaleza. A responsabilidade de todos os logradouros cabe à prefeitura, inclusive a iluminação pública. E nós estamos fazendo a nossa parte, inclusive revitalizando, restaurando o monumento, com investimentos de R$ 3,5 milhões, cujo serviço está sendo executado por profissionais especializados. Quanto à energia elétrica interna, também estamos recuperando e vamos fazer cabeamento aérea, para evitar que os cabos seja furtados, como aconteceu recentemente e deixou a Fortaleza às escuras”, rebateu.

João Henrique disse que o governo do estado, com recursos próprios vem realizando “grandes e importantes obras” que beneficiam diretamente Macapá: O governo vem realizando grandes e importantes obras que beneficiam Macapá, como duas escolas no Macapaba, uma de ensino fundamental e outro de Ensino Médico, com 100% de recursos próprios. Nesses 260 anos de Macapá, cujo aniversário, aliás, deve ser comemorado todos os dias, o governo do estado vai dar de presente ao município duas creches, uma delas no Macapapa e mais uma UBS (Unidade Básica de Saúde), estamos entregando 2 creches para a prefeitura administrar. Ainda na área de saúde, a Maternidade da Zona Norte, a segunda maternidade da história do Amapá, que está prontinha para ser administrada pela prefeitura, além da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Zona Sul, que também está pronta, o que vai atender essa demanda imensa que temos no município na área de saúde, tanto que temos mais de R$ 1 milhão para a Maternidade Mãe Luzia, mas não podemos colocar um só prego lá, um só remendo porque fica sempre cheia de pacientes e só é possível realizar investiremos lá quando a Maternidade da Zona Norte estiver funcionando. Tudo isso é trabalho que beneficia diretamente o município, sem um só centavo da prefeitura”.

Também entrevistado pela bancada do programa, o deputado federal Roberto Góes (PDT) criticou recusas do prefeito Clécio Luís de concretizar parcerias com o governo: “Desde o ano passado para cá o governo vem tentando estabelecer parceria com a prefeitura de Macapá, inclusive temos emendas aprovadas com recursos na conta. Eu mesmo já tive várias conversas com o prefeito Clécio e com o senador Daví (DEM), mas eu sempre vejo dificuldade do prefeito liberar área para o governo investir. Eu vejo o prefeito Clécio com muita vaidade política quando o governo tenta abrir espaço. Tem R$ 10 milhões disponíveis para recuperar oito arenas no estado, só em Macapá são seis, mas o prefeito só quer liberar três arenas. Eu acho isso negativo, porque quando a política interfere acaba prejudicando a população. O governo só quer ajudar, mas o município não quer receber os recursos. Nós tiramos a Cuba de Asfalto de onde estava e iniciamos o projeto do Residencial Açucena, com a área liberada. Isso é questão de gestão, não interessa quem faz porque o beneficio é da sociedade. Com relação às Arenas, se o prefeito não liberar as outras três, o dinheiro, que já está na conta terá que ser devolvido”.

Por telefone o secretário municipal de Comunicação Diniz Sena questionou Roberto Góes, dizendo que ele é o único parlamentar do Amapá que não alocou emendas para a prefeitura de Macapá: “Por que até hoje Roberto Góes não colocou um centavo município de Macapá? Acho que ele tem alguma perseguição, algum motivo; na condição de ex-prefeito ele deveria fazer isso, mas não faz, e agora vem fazer cobrança. Isso é muito estranho”. Roberto Góes rebateu:
– Eu chegue e falei claramente com prefeito Clécio que coloquei recursos para seis Arenas em Macapá e já tem na conta R$ 4 milhões dos R$ 10 milhões previstos, com liberação assegurada de acordo com a execução das obras, mas ele me disse que vai falar com o senado Daví,porque ele disponibilizou para as Arenas R$ 900 mil. E eu pergunto: Quem colocou mais dinheiro, eu ou o senador Daví? Tenho várias emendas aprovadas com contratos assinados pelo governo com a Caixa Econômica (CEF) e não posso mudar. É preciso se conscientizar que não interessa de onde vem o recurso, pode ser de qualquer parlamentar, integrante de qualquer partido, afinado ou não politicamente com a gestão, não tendo razão nenhuma para criar um problema desnecessário porque quem sofre é a sociedade. Recentemente agora eu aloquei recursos de emenda para bancar os Jogos Escolas, que beneficiou diretamente o município de Macapá. Diretamente para a prefeitura eu coloquei R$ 1 milhão para a recuperação do centro da cidade, mas a prefeitura até agora não apresentou o projeto – finalizou.


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