Cidades

Jornalista Cristina Serra diz que barragens são vulneráveis por falta de fiscalização

Ela aponta, ainda, a “descaso das empresas” no que diz respeito à segurança, colocando em risco permanente a vida dos trabalhadores e das comunidades vizinhas.


Autora de um livro sobre a tragédia da cidade de Mariana, que matou várias pessoas e deixou um grande rastro de destruição ambiental, a ex-Global Cristina Serra chamou a atenção nesta segunda-feira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) para a falta de fiscalização que, conforme reclamou, é quase inexistente em todo o país, apesar do grande número de barragens.

“Infelizmente a tragédia se repete, e nos mesmos moldes que ocorreu em Mariana e eu relato no livro, após três anos. Essas duas tragédias têm dois pontos em comum; além da fiscalização ineficiente, que não funciona como deveria, o mais grave ainda é o descaso das empresas com as comunidades próximas às barragens e com seus próprios trabalhadores, descaso com a vida humana”, pontuou.

De acordo com Cristina Serra, no caso de Mariana não havia sirenes para alertar trabalhadores na barragem da Samarco. “E no caso agora de Brumadinho mais chamou atenção é que o centro administrativo, local onde pessoas trabalhavam, o refeitório, e o próprio local onde ficava o sistema de alerta ficavam na jusante da barragem, ou seja, abaixo da barragem, uma localização em que em caso de acidente a lama iria soterrar as instalações, que foi exatamente o que aconteceu, num total descaso da empresa com a vida humana”, reclamou.


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