Cidades

Juiz Bôsco é contra privatização da Caesa por acreditar que, se fora do foco político, tem condições de cumprir bem sua função social

Conhecido por aplicar a justiça social voltada para o coletivo e responsável pela realização de grandes obras no Amapá, o magistrado federal defende a nomeação de dirigentes especialistas para que empresas públicas possam cumprir sua função social.


juiz federal João Bôsco afirmou neste sábado (9) no programa Togas&Becas (DiárioFM 90,9), apresentado pelo advogado Hélder Carneiro, que é contrário à privatização da Caesa. Pra ele, se há “fracasso” é por culpa de “loteamento político”.

O magistrado defende nomeação de dirigentes especialistas para que empresas públicas possam cumprir a sua função social.

“Sou honesto, a Caesa não poderia ser entregue ao loteamento político; é um grande erro. Você vê que em São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná as companhias de água funcionam, porque não há loteamento político, e se tem não dá pra perceber. O que sufoca de morte essas empresas, tipo Caesa, sempre foi loteamento político. Sou contra a privatização; se o Estado não loteasse politicamente seria uma boa empresa; só que no Amapá há loteamento político em tudo; é uma tristeza, me indigna, porque brincam com a coisa mais importante do mundo que é água; temos que ter pensamento próprio; funciona bem em vários estados e por que não funciona aqui? Não se loteia politicamente algo tão importante como saúde, educação e água. Tanto que quem privatizou hoje está voltando a estatizar, como em Londres, por exemplo”, analisou.


Perguntado sobre a obra do Hospital Metropolitano, cuja retomada está sendo possível graças a decisões judiciais dele, inclusive por meio de articulações políticas que promoveu, Bôsco explicou que o projeto original teve que ser refeito para atender a exigências do Ministério da Saúde e do Corpo de Bombeiros (CBM/AP), mas garantiu que o novo projeto executivo já está sendo finalizado e após aprovação do Corpo de Bombeiros o edital da obra será lançado.


“Os recursos já estão disponíveis, sendo R$ 9 mi da sobra da destinação inicial e mais R$ 17 mi alocados pela bancada federal. Creio que até agosto seja concluído o processo de licitação e a obra retomada. Quando estiver pronto, o Metropolitano vai minimizar a superlotação no HE, porque por ser um hospital de portas fechadas, vai abrigar pacientes que fazem cirurgias; essa superlotação verificada hoje é porque decorrido o prazo de 42 horas da cirurgia, o paciente permanece no HE, por falta de outras unidades pra onde ser transferido”, pontuou.


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