Cidades

Juíza susta pagamentos à clínica que forneceu medicamento para a Unacom

Conforme a denúncia, por ocasião da primeira chamada pública, em março de 2012, a SESA adquiriu os medicamentos a um valor 565,22% maior do que deveria.


A juíza Alaíde Maria de Paula, titular da 4ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca de Macapá, especializada em demandas de saúde, admitiu ação de improbidade administrativa contra as Clínicas Integradas Secco E Jungs/S. Ltda e os ex-secretários de Saúde do estado, Edilson Afonso Mendes Pereira e Lineu da Silva Facundes. A ação foi proposta pelo Ministério Público.

 

De acordo com o MPE, os réus Edilson Pereira e Lineu Facundes ocuparam o cargo de secretário de Saúde do Amapá, em cujas gestões a empresa Clínicas Integradas Secco e Jungs forneceu medicamentos e prestou serviços para aquele órgão, por meio de duas chamadas públicas, objetivando o atendimento da Unidade de Assistência de Alta Complexidade – UNACOM.

 

Conforme a denúncia, por ocasião da primeira chamada pública, em março de 2012, a SESA adquiriu os medicamentos a um valor 565,22% maior do que deveria. Além de ter, supostamente, superfaturado o valor de vários medicamentos, muitos teriam deixado de ser entregues de forma regular. Em relação à segunda chamada pública, em março de 2013, vencida pela mesma empresa, o MPE apurou que a administração preteriu oferta 427% inferior à vencedora e não realizou contrato escrito, mas somente um termo de referência para consolidar a compra.

 

A juíza acatou ainda o pedido de tutela de urgência apresentado pelo MPE, que requeria a suspensão do processo de execução em que figura como autora a empresa demandada, pois ela estaria na iminência de receber valores relacionados aos contratos discutidos nas situações denunciadas.


Deixe seu comentário


Publicidade