Justiça realiza mutirão de conciliação entre moradores do Macapaba e CEA Equatorial
Consumidores inadimplentes poderão negociar a dívida junto à Companhia neste sábado (23), no próprio Conjunto Habitacional.

Railana Pantoja
Da Redação
A Justiça do Amapá, através da Central de Conciliação da Zona Norte, realiza neste sábado (23) um mutirão de conciliação entre moradores do Conjunto Habitacional Macapaba e a CEA Equatorial. Consumidores inadimplentes, com dívidas de qualquer valor em atraso, poderão negociar o débito e evitar a judicialização da demanda.
“Estávamos no Macapaba resolvendo os conflitos em relação ao problema de falta constante da água, mas uma outra situação também nos chamou atenção: 3.700 unidades consumidoras de energia estão em débito médio de 8 mil reais, casos em que a pessoa está há três anos sem pagar a conta de energia. A Equatorial nos avisou que iria cortar o fornecimento, então reunimos para buscar soluções nesse momento pós-pandemia e chegamos à ideia do mutirão. Estamos evitando a judicialização e resolvendo os problemas no diálogo”, detalhou o juiz Marconi Pimenta, titular do Juizado Especial e coordenador da Central de Conciliação da Zona Norte.
Durante a ação, os moradores que forem negociar suas dívidas terão abatimento dos juros, multa, correção monetária e poderão dar entrada mínimas para começar o parcelamento.
“A Prefeitura de Macapá também estará com a Assistência Social durante o mutirão, realizando a atualização do Cadastro Único. Com o CadÚnico, as pessoas de baixa renda terão desconto na fatura de energia. Quanto menor o consumo, maior o desconto, chegando até 65%”, lembrou o juiz.
Estima-se que os débitos em atraso dos moradores do Habitacional junto à CEA Equatorial cheguem a R$ 26 milhões. A ação ocorrerá na Escola Estadual Antônio Munhoz, a partir das 8h.
“A Justiça Itinerante busca resolver os problemas da população mais carente, que muitas vezes não tem nem o que comer. A gente tenta encontrar soluções juntos, agregando valores, educando e encontrando saída. Acho que nosso papel é esse: incrementar a cultura da paz, evitar a judicialização e fazer com que as pessoas se resolvam no diálogo”, finalizou o juiz Marconi Pimenta.
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