Cidades

Kroll informa à CPI da Petrobras que identificou 59 contas no

Empresa foi contratada pela Câmara para investigar suspeitos da Lava Jato.



 

Contratada pela CPI da Petrobras para apurar eventuais movimentações financeiras no exterior de pessoas investigadas pela Operação Lava Jato, a empresa de consultoria Kroll relatou a parte dos integrantes da comissão que identificou 59 contas bancárias, 33 empresas e seis imóveis em nome de 12 suspeitos. Entre os alvos da consultoria estão ex-diretores da Petrobras, executivos de empreiteiras e operadores do esquema de corrupção que agia na estatal do petróleo.

Os nomes dos investigados não foram informados aos deputados que compõem a CPI. Somente o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), e o deputado André Moura (PSC-SE), um dos sub-relatores do colegiado, sabem a identidade dos suspeitos investigados.

As informações foram apresentadas por três representantes da Kroll em uma reunião a portas fechadas com deputados que integram a CPI. Pelo contrato, até 15 pessoas poderiam ser investigadas, no entanto, somente 12 passaram a ter suas contas devassadas pela empresa.

A empresa foi contratada pela Câmara no final de março por aproximadamente R$ 1,068 milhão (o preço original é de quase 226 mil libras esterlinas) para analisar dados sigilosos obtidos pela comissão parlamentar de inquérito que apura o escândalo de corrupção na Petrobras.

A Kroll informou à CPI que encontrou indícios de que os 12 suspeitos mantêm bens e ativos em 33 países.

Em 15 nações – Estados Unidos, Singapura, Suíça, Hong Kong, Ilhas Virgens, Uruguai, Panamá, Bahamas, Líbano, Luxemburgo, Reino Unido, Mônaco, Alemanha, Holanda e Ilha de Man –, as evidências de irregularidades seriam mais fortes, informaram deputados que participaram da reunião.

Ao final da reunião com a Kroll, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou o fato de os nomes dos investigados continuarem anônimos para a maioria dos integrantes da CPI. “Como pode o subrelator saber e o relator não saber? Não faz sentido isso. É um absurdo”, ressaltou Valente.


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