Mais de 102 mil pessoas estão na linha de pobreza no Amapá
Segundo o analista do IBGE Adrimauro Gemaque, há necessidade de investimentos na agricultura familiar, que representa, hoje, 75% da produção rural do estado.
Durante entrevista concedida pela deputada Jozi Araújo (Podemos), na manhã dessa quinta-feira, 23, ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), ao comentar a informação de que o Amapá possui 78 mil desempregados, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), do IBGE, o graduado em administração pública e consultor empresarial, Adrimauro Gemaque, não só confirmou esse número, como revelou que quase 102 mil pessoas estão na linha da pobreza no estado do Amapá. Ele também é analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Amapá.
“Esse número de desempregados não é novidade. Não falo em nome do IBGE, mas com relação à desocupação as pesquisas sempre mostraram que a taxa do Amapá sempre esteve acima da taxa nacional, mas agora pela primeira vez como o estado que possui a maior taxa do Brasil. É importante destacar que hoje a principal matriz é o PIB, e segundo o último PIB, de 2015, 85% são de serviços, e desses, 44% é da administração pública”, relatou Adrimauro.
O consultor falou sobre a necessidade de fortalecer a agricultura familiar: “É necessário alertar que precisamos fortalecer a agricultura familiar, porque 75% da produção rural do Amapá são da agricultura familiar, segundo o último censo agropecuário, que mostrou também o encolhimento do PIB, que vinha com 2,2% em 2013/2014, no último encolheu 2,1%, isto é, toda a base da nossa economia encolheu”, e previu o aumento do número de pessoas que se concentram na linha de pobreza: “Ainda bem que temos a economia do contracheque, senão teríamos uma situação de caos, porque mesmo assim temos quase 102 mil pessoas na linha de pobreza e quase 25 mil chegando lá, o que é muito considerando uma população que não tem 800 mil habitantes. Basta comparar: se eu tenho 102 mil na linha de pobreza, temos uma Santana toda de miseráveis, que é o segundo maior município do estado”.
Adrimauro concluiu: “Achei importante a observação de que aqui no Amapá temos mais de 23 mil inscrições para vestibular. Significa que governo está lanterna acesa com relação à despesa pessoal e da Lei de Responsabilidade Fiscal.; Ele tem que trazer empreendimentos privados para cá.
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