Cidades

Manifestações marcam dia de luta contra reformas da previdência e trabalhista em Macapá

Linhas urbanas de ônibus só circularam a partir das 8h em Macapá


Mais de cem mil pessoas que dependem do transporte público na capital amapaense amanheceram sem o serviço na manhã desta sexta-feira (28) em decorrência do movimento grevista nacional, que é contrário às reformas trabalhista e previdenciária, além da terceirização, e que levou os rodoviários a permanecer nas garagens das empresas de ônibus até às 8h da manhã, quando os veículos voltaram a operar no perímetro urbano.

Integrantes do sindicato dos rodoviários amanheceram nas portas das garagens para impedir a saída de qualquer veículo, mas alguns deles acabaram deixando os pátios. Apesar disso, não foram registrados confrontos.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), as linhas voltaram a operar normalmente, apenas mudando o itinerário na Avenida FAB por conta das manifestações que interditaram o perímetro na praça da Bandeira. De acordo com as centrais sindicais, cerca de 9 mil pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar (PM) que acompanhou o movimento, não informou números.

As agências bancárias não abriram nesta sexta-feira e só retornam com o expediente normal na próxima terça-feira (2), já que os bancos não devem abrir no dia 1º de Maio (Dia do Trabalhador), de acordo com o que informou o sindicato da categoria.

Apesar de muitas especulações o comércio macapaense abriu normalmente. Algumas lojas baixaram as portas apenas durante a passagem dos manifestantes pelas principais ruas do centro comercial.

O Aeroporto Internacional de Macapá operou normalmente. Escolas das redes públicas e particulares tiveram as aulas suspensas. Servidores públicos, bancários, motoristas e cobradores de ônibus, professores e a sociedade civil organizada estão entre as categorias que aderiram ao movimento.


O protesto mais enérgico registrado pelas forças de segurança ocorreu em frente à Universidade Federal do Amapá (Unifap), onde manifestantes interditaram a rodovia JK após atearem fogo em pneus que foram colocados no meio da pista. As chamas foram debeladas pelo Corpo de Bombeiros e a pista liberada após a chegada da polícia. Não houve registro de detenções ou prisões.

Mesmo embaixo de chuva os manifestantes prosseguiram em caminhada pelas ruas do centro comercial, gritando palavras de ordem, pedindo o fim da corrupção e punição de políticos e empresários envolvidos em escândalos que quebraram o país nos últimos


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