Cidades

Médica pneumologista diz que uso associado da cloroquina está autorizado no Amapá

Nova secretária-adjunta de enfrentamento do novo coronavírus, médica Maracy Andrade, diz que ideia é regular uso da substância em todo o estado


Cleber Barbosa
Da Redação

 

A médica pneumologista, Maracy Andrade, que foi recentemente empossada como secretária-adjunta de enfrentamento à Covid-19 no Amapá, diz que o Comitê Médico do Estado já liberou a administração associada da Hidroxicloroquina com Azitromicina em pacientes diagnosticados e em primeiro estágio da doença. A prescrição, por enquanto, é um ato discricionário dos médicos, mas a intenção do governo é regulamentar o uso da medicação, considerada usual em casos de pacientes com malária.

 

Ela explicou que desde o início da pandemia houve a formação deste comitê médico local, coordenado pelo coronel Pedro Omar, que médico do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá. “Esse colegiado pesquisou, avaliou, discutiu e chegou à conclusão de que considerando a realidade do nosso estado, precisamos ser proativos em relação ao tratamento dessa doença e um dos tratamentos é o uso associado da Azitromicina com Hidroxicloroquina, além de outras terapêuticas em segundo e terceiros planos”, disse.

 

A secretária disse ainda que inicialmente o Conselho Federal de Medicina (CFM) orientou o uso dessas substâncias químicas apenas em pacientes internados, mas, hoje, a entidade já abre para o médico prescrever caso sinta-se seguro e o paciente também esteja consciente dos riscos. Tal cenário, claro, numa avaliação de que o paciente vai agravar, daí ter sido esse o embasamento do Comitê Médico do Amapá.

 

“Inclusive o coronel Pedro Omar tem feito um alinhamento com os representantes da atenção básica, que são as UBS’s e as UPA’s para que as pessoas tenham o tratamento ofertado  se o médico estiver indicando e as famílias tiverem consciência dos riscos, pois aí teremos uma melhora nos resultados com a diminuição da incidência do agravamento da doença”, diz.

 

Questionada pela equipe do programa sobre esses riscos eventuais, ela explicou que principalmente os pacientes com algum tipo de comorbidade, como problemas cardiovasculares, requerem uma atenção especial como fazer eletrocardiograma, todo um acompanhamento, mas ela também ponderou que a Cloroquina faz parte da rotina médica há anos e não tem tantos efeitos colaterais ou efeitos adversos e a população usa atualmente em doses até maiores. “Precisamos diminuir a politização desse tratamento e dessas condutas para a gente ver o que é melhor para o nosso povo, é isso que a gente quer e é isso que a gente está fazendo”, concluiu.

 

Estrutura

A nova secretária adjunta também falou sobre a estrutura que está sendo montada em todo o estado para o tratamento de pacientes confirmados da doença. Ela inclusive relatou ter visitado o Centro de Tratamento Covid-19 instalado no município de Santana, que já está equipado com leitos e UTI, restando apenas finalizar a mobília com previsão de começar o atendimento na próxima semana.

“A gente precisa ter dignidade na hora de acolher esses pacientes e a gente sabe que pela experiência dos grandes países que viveram isso todos os pacientes tem que estar isolados para se evitar que aumente a doença especialmente nos hospitais, então cada um faz a sua tarefa, em casa a gente se isola e nas unidades de saúde a gente tenta isolar os pacientes”, finalizou.


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