Cidades

Médico militar alerta para possibilidade do caos de Manaus se repetir no Amapá

Pedromar Valadares, que coordena o Comitê Médico de Combate a Covid no estado, vai ao rádio e alerta para a necessidade de um novo engajamento para evitar a segunda onda.


Cleber Barbosa

Da Redação

 

O coronel Pedromar Valadares, que preside o Comitê Médico de Combate a Covid no Amapá, disse em entrevista no rádio nesta quinta-feira (14) que a dura realidade vivenciada no estado do Amazonas não está distante de chegar ao Amapá. Projeções mais pessimistas dão conta de que em seis semanas o caos pode se instalar no estado, caso a população e a sociedade como um todo não adotarem medidas de contenção à chamada “segunda onda” do vírus.

O médico militar concedeu entrevista ao programa Café com Notícia, na rádio Diário FM, quando detalhou as similaridades ocorridas na primeira etapa de combate à pandemia. “A condição de risco do Amapá, assim como todos os outros estados, é muito dinâmica assim como é dinâmica a pandemia. Há duas semanas a gente não imaginava essa situação caótica que infelizmente Manaus está vivenciando agora, o que nos obriga a sermos dinâmicos também, a prevermos o que pode ou não acontecer”, disse ele.

Ele explicou que na Defesa Civil há um lema que vem sendo seguido também na luta contra o novo Coronavírus: “Nós nos preparamos para o pior, esperando pelo melhor. Se o pior vier, nós não somos pegos de surpresa”.

Neste sentido, disse que Deus tem iluminado o Amapá, dando o tempo necessário para saber o que está acontecendo infelizmente com os irmãos vizinhos de outros estados como o Amazonas e o Pará, proporcionando que as autoridades médicas locais possam avaliar o que os espera.

 

Vacina
Ele também conclamou a todos a manter ou retomar os protocolos de prevenção, que admite vêm sendo negligenciados por muita gente, como única forma comprovada de evitar uma nova onda de contágio. “Isso até que possamos iniciar a vacinação em massa da população, seja para quem já contraiu o vírus, seja para quem ainda não foi infectado, evitando o agravamento do quadro. Não se ganha uma guerra só levando as pessoas para a UTI, garantindo que elas vão ser intubadas, pois como nos ensinou a doutora Marina Bucar [médica brasileira na Espanha], UTI é falha terapêutica”, disse ele.

 

Gratidão
Por fim, o coronel fez elogios à cobertura que a imprensa amapaense vem dando ao combate à pandemia, em especial a possibilidade de garantir aos médicos, pesquisadores e voluntários da rede de enfrentamento. “Informações verdadeiras também salvam vidas, então a imprensa tem nos ajudado também a salvar vidas aqui no Amapá, graças a Deus”, concluiu.


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