Cidades

Mesmo com mais de 100 casos confirmados da Covid-19, amapaense continua aglomerado

Superintendente da SVS no Amapá, Dorinaldo Malafaia, diz que o governo pode apertar as restrições de isolamento social se os amapaenses continuarem agitados e descumprindo o decreto estadual.


Railana Pantoja
Da Redação

Mesmo com o Decreto Estadual de nº 1415/2020, que suspende diversas atividades comerciais em todo o Amapá para evitar aglomerações e a disseminação do coronavírus (Covid-19), alguns serviços essenciais continuam funcionando. Nesses casos, a recomendação é que as pessoas mantenham distância de, no mínimo, 1,5 metro uma das outras, o que não está acontecendo em feiras, agências bancárias e em alguns órgãos públicos.

Na manhã desta quinta-feira (09), a equipe de reportagem do Diário do Amapá flagrou uma fila enorme ao redor da Receita Federal, na rua Eliézer Levy, Centro de Macapá. Essas pessoas estavam em busca de atendimento para, principalmente, regularizar o CPF, visto que sem essa regularização o cidadão não pode acessar o Auxílio Emergencial do Governo Federal.

“Está desde ontem assim, não dão uma informação, tem mais de 100 pessoas aqui. Nós fomos informados por um servidor que a gente precisa fazer o agendamento na internet, para sermos atendidos. Mas ninguém está conseguindo acessar o site da Receita, por isso estamos aqui. É uma falta de respeito”, justificou o cidadão Efraim.


Outros pontos que chamam atenção por causa de aglomeração são as feiras de peixe. Como sempre, nesta época de véspera da Sexta-feira Santa a população frequenta mais esses ambientes em busca de pescado.

Nos pontos de venda dos projetos Peixe Popular e Peixe Vivo, funcionários do Governo do Amapá e da Prefeitura de Macapá tentam organizar as filas e manter o distanciamento, mas, a própria população acaba relaxando e se aproximando, encostando nas grades de contenção e não usando máscaras.


O superintendente da SVS no Amapá, Dorinaldo Malafaia, diz que o governo pode apertar as restrições de isolamento social se os amapaenses continuarem agitados e descumprindo o decreto.

“Chegamos no nível quase máximo, o próximo passo aqui, infelizmente se não cuidarmos e tivermos apoio da população, será o colapso do sistema de saúde. Isso será uma dor muito grande para nossas famílias. Estamos exaustos de repetir isso, mas precisamos que a população entre com essa responsabilidade e entenda que não é momento de festa ou férias. É isolamento social sério,”, finalizou.


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