Cidades

MIDR e Unifap premiam iniciativas que transformam resíduos em oportunidades no Amapá

Prêmio Recicla 2025 reconheceu projetos de inovação, empreendedorismo social e economia circular que impactam nove municípios do estado


 

A inovação sustentável e o empreendedorismo social foram os protagonistas desta sexta-feira (12), em Macapá (AP). Com a presença do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a cerimônia do Prêmio Recicla 2025 reconheceu projetos de transformação ambiental. O evento ocorreu na Universidade Federal do Amapá (Unifap) e celebrou ações voltadas à preservação, reciclagem e economia circular.

 

A premiação faz parte do Projeto Recicla, iniciativa da Unifap  em parceria com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que atua na redução de resíduos, educação ambiental e no fomento a projetos inovadores, em busca do desenvolvimento socioambiental no Amapá. A edição deste ano contou com 129 inscrições, com 101 projetos validados e distribuídos em dez categorias. O prêmio abrangeu desde estudantes e professores até startups, associações e gestores públicos, e alcançou nove dos 16 municípios amapaenses. Ao todo, foram destinados R$ 206 mil em apoio financeiro às iniciativas vencedoras.

 

Para o ministro Waldez Góes, a parceria entre o MIDR e a academia vai além da premiação financeira, trata-se de uma mudança na forma de lidar com resíduos sólidos no estado. “Já são dois anos do Projeto Recicla e essa parceria do MIDR com a Unifap está criando uma nova cultura de como lidar com a questão do resíduo sólido: não como lixo, mas como oportunidades. Oportunidades que devem ser criadas na comunidade, na academia, naqueles que empreendem através de startups, pequenas empresas e na sociedade como um todo”, afirmou o ministro.

 

 

O coordenador do Projeto Recicla, professor Rafael Pontes, destacou o caráter estruturante da iniciativa. Segundo ele, o objetivo é deixar um legado de qualificação profissional e desenvolvimento de negócios sustentáveis ao longo dos  anos. “Agradeço ao presidente Lula por acreditar na Universidade Federal do Amapá como um instrumento de desenvolvimento de uma política pública tão importante. Tenha certeza que é um projeto estruturante, que pode transformar aqueles sonhos e  ideias em negócios que mudam a realidade das pessoas nos 16 municípios do nosso estado”, concluiu  o professor.

 

Premiação

Uma das novidades desta edição foi a implementação da votação popular online, que ampliou o engajamento da sociedade. Foi nesta categoria que o projeto de Vanda Pororoca, indígena do povo Galibi-Marworno ganhou. Ela desenvolveu uma microestação de tratamento de água de baixo custo, pensada para solucionar problemas de saneamento em áreas isoladas.

 

“É um projeto feito com cano de PVC, que não precisa de energia, onde purifica a água barrenta em até 24 horas. Transforma a água do rio em água alcalina para as comunidades isoladas, ribeirinhas e indígenas. Estou muito feliz pelo reconhecimento”, celebrou Vanda.

 


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