Cidades

Ministro do PTB diz dificuldade é que se testa ‘lealdade’

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que é filiado ao PTB, afirmou que o compromisso e a lealdade das bancadas são testados em momentos de dificuldade.


Monteiro classificou como “desentendimento ocasional” o fato de a bancada de seu partido na Câmara ter se declarado independente ao governo. Na última semana, o líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), anunciou no plenário que o partido votará as propostas em tramitação na Câmara de “forma independente”. O partido tem 25 deputados federais.

“A gente não sai quando o momento é ruim. Pelo contrário, em momento de dificuldades é temos que testar verdadeiramente o grau de compromisso e lealdade das bancadas”, afirmou o ministro.
Monteiro argumentou que o líder do PTB não falou em “rompimento” com o governo, e sim em independência. “Eu quero lembrar que a posição das bancadas [do PTB], tanto da Câmara quanto do Senado, têm sido muito coerentes porque desde o início do primeiro governo da presidente Dilma Rousseff essas bancadas têm sido solidárias com o governo”, disse.

O ministro – o único do PTB – disse que atuará para que haja “harmonização” na posição partido e para que o PTB continue integrando a base de apoio ao governo. “Estou confiante que desentendimento episódico será superado logo”, concluiu.

Mercosul
Monteiro se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na tarde desta quinta-feira, para tratar da “Agenda Brasil” – o conjunto de propostas que Renan apresentou para reaquecer a economia.

Um dia depois de Renan incluir em sua lista a proposta de acabar com a união aduaneira do Mercosul, Monteiro declarou que é necessário “cuidado” na discussão e que o bloco é uma “construção institucional feita ao longo de 20 anos”.

O fim da união aduaneira do Mercosul, proposta na Agenda Brasil, possibilitaria que o Brasil fizesse acordos bilaterais ou multilaterais sem necessariamente depender do apoio dos demais membros do bloco. “Temos que ter cuidado de não traduzir a ideia de aperfeiçoamentos, que podem ser feitos, com algo que se possa traduzir na ideia de que podemos desconstruir o Mercosul. Isso não seria vantajoso para o país”, afirmou, ao deixar a reunião com o presidente do Senado.


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