MP-AP terá centro de atendimento às vítimas, afirma promotora de justiça
Klisiomar Lopes Dias observa que no país está mudando a mentalidade de que vítima de crime não passa de elemento de prova
Douglas Lima
Editor
A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Amapá avalia, administrativamente, o processo de criação, no âmbito do parquet, do Centro de Atendimento às Vítimas – Nós Pertencemos (Cavinp), apresentado quinta-feira passada, dia 14, pela promotora de justiça Klisiomar Lopes Dias, em reunião no próprio MP-AP.
Para divulgar a iniciativa, Klisiomar Dias esteve na manhã deste sábado, 16, no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9). Satisfeita com a receptividade do programa pelo procurador-geral de justiça, Paulo Celso Ramos, a promotora informou que o Cavinp, tão logo passe a funcionar já estará alinhado ao Movimento Nacional em Defesa dos Direitos das Vítimas, que segue determinações do Conselho Nacional do Ministério Público.
Na entrevista, a doutora Klisiomar Dias disse que até bem pouco tempo, e em alguns casos, ainda hoje, a vítima era ou é tratada apenas como objeto de prova. “Isso é uma mentalidade que está mudando. Não só a vítima em si, mas os seus familiares, órfãos, amigos e parentes diretos, chamadas de vítimas indiretas, merecem todo acolhimento, respeito e reparação por meio práticas restaurativas, o que deve ser feito não só pelo Ministério Público, mas por todos os órgãos públicos, como delegacias e hospitais.
A promotora de justiça defende também a realização de campanhas educativas. Às vítimas, ela assim se dirigiu: “Não tenham medo de ir no Ministério Público. O Ministério Público é do povo, as vítimas são do Ministério Público “.
Klisiomar Dias também deu conta de que o Centro de Atendimento às Vítimas – Nós Pertencemos será estruturado com recurso do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), que financia o Programa Depen de Assistência às Vítimas de Crimes, o Prodav.
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