Cidades

Mulheres vítimas de violência no lar receberão apoio para ter

Parceria entre Judiciário e Sete viabilizará o empreendedorismo



 

Com o objetivo de valorizar e tornar empreendedoras mulheres que foram vítimas de violência doméstica a abrir o seu próprio negócio, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Macapá firmou cooperação com a Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), para incentivar à participação em cursos no Sebrae. Cerca de 25 mulheres, a partir do dia 20 de julho, iniciam o primeiro curso “Mulheres Empreendedoras”.

A intenção, segundo a psicóloga Camila Loiola, do Núcleo Psicossocial de Acolhimento do Juizado, “é oferecer condições de empoderamento a essas mulheres que se encontram com a estima baixa pelos traumas da violência praticada por seus companheiros no âmbito familiar, e torná-las independentes financeiramente”.

A psicóloga esclareceu, ainda, que algumas das mulheres que irão compor as quatro turmas para o curso, serão indicadas pelo Juizado. A unidade terá reservada 25 vagas para cada turma. As outras vagas serão preenchidas por mulheres que estão sob os cuidados da rede feminina de acolhimento.
O responsável pelo Juizado, juiz Augusto César Gomes Leite, explicou que a iniciativa partiu de conversas com a secretaria Marcione Costa do Espírito Santo, da Sete, em encontros providos pela rede feminina de atendimento do Estado, onde expôs a necessidade de encontrar vias para profissionalizar mulheres em tais condições, visto que a dependência do marido, na maioria vezes, concorre para o risco da violência. Nesses casos, diz o magistrado: “O agressor é que mantém a família”.

A conversa resultou na apresentação de um projeto da Secretaria sobre empreendedorismo, que objetiva capacitar mulheres para gerir o próprio negócio e produzir renda.

O juiz Augusto Leite destaca dois aspectos que considera importantes para esse empoderamento: “dar condições para a mulher suprir suas necessidades com o próprio trabalho e poder dividir responsabilidades no sustento da família, e depois, a responsabilidade dos Poderes na execução de projetos que viabilizem a profissionalização das vítimas de violência doméstica”.


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