Na COP30, Amapá adere a iniciativa global pela proteção dos manguezais
Estado mais preservado e protegido do país assegura compromisso com a manutenção do ecossistema que predomina o litoral amapaense

O governador Clécio Luís oficializou nesta quarta-feira, 12, o apoio do Governo do Amapá à iniciativa internacional Mangrove Breakthrough, uma ação multissetorial para ampliar a proteção e o financiamento dos ecossistemas de manguezais. A formalização aconteceu durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), realizada em Belém, capital do Pará.
“São 220 mil hectares de mangues muito conservados e nós queremos que ela continue com esse status de preservação. Aderir a esse movimento mundial, para nós, é muito importante, porque casa exatamente o que nós estamos fazendo. Nós estamos intensificando nossas ações de preservação, mas, ao mesmo tempo, gerando condições para que possamos ter negócios que possam desenvolver sustentavelmente o Amapá”, afirmou Clécio Luís.
O litoral do Amapá é dominado por manguezais e planícies de maré, especialmente nas áreas do Cabo Orange, foz do Oiapoque e foz do Amazonas. Na zona costeira amazônica, ao longo dos estados do Amapá, Pará e Maranhão, está inserida a maior faixa contínua de manguezais do mundo. São os manguezais mais preservados do planeta, com menos de 1% de sua área convertida para outros usos humanos, segundo artigo publicada em 2024 na revista Environmental Monitoring and Assessment.
A adesão à iniciativa global, conectada à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, reforça o protagonismo do estado que possui mais de 70% de seu território sob proteção ambiental, e o compromisso do Amapá com a proteção e preservação do meio ambiente, especialmente dos manguezais que contribuem para a redução dos impactos adversos das alterações do clima, protegem as zonas costeiras e são fonte de alimento natural e renda para as populações locais e proteção da biodiversidade.
“Agradecemos o empenho do Amapá em transformar o compromisso em ações concretas”, afirmou Ignace Beguin Billecocq, diretor-executivo do Mandrove Breakthrough Hub.
O Mangrove Breakthrough visa garantir a proteção de 15 milhões de hectares de manguezais em todo o mundo até o ano de 2030, mobilizando governos, instituições e entidades da sociedade civil em torno de metas ambiciosas para deter a perda desses ecossistemas, restaurar áreas degradadas, dobrar a proteção dos manguezais existentes e garantir financiamento sustentável. O plano também prevê a mobilização de 4 bilhões de dólares em investimentos até o fim da década.
A iniciativa conta com o endosso de, ao menos, 38 governos nacionais e subnacionais, incluindo o Brasil, México, Austrália, Bélgica, Alemanha, Noruega e, no Brasil, além do Governo Federal, conta com o endosso do Estado do Pará, que foi o primeiro Estado-membro a aderir, Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, e agora o Amapá.
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