Cidades

Negros amapaenses coletam DNAs para saber de onde vieram do continente africano

Evento Semana Amapá África Amazônica 2024 debaterá ancestralidade e também mudanças climáticas, além de outros pontos de interesse da vivência afrodescendente


 

Douglas Lima
Editor

 

A ancestralidade e as mudanças climáticas estarão no centro dos debates da III Semana Amapá África Amazônica 2024 a acontecer em Macapá do dia 19, domingo, a 25 de maio, Dia Mundial da África, conforme decisão da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Para falar sobre o acontecimento, o presidente da Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, Dô Sacaca, e a ativista Elísia Congó, estiveram na manhã desta sexta-feira, 17, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) , antecipando que a Semana da África será aberta com o Cortejo da Murta, que sairá da Casa do Artesão e irá para a Catedral Histórica de São José.

 

Elísia detalhou que a concentração para o Cortejo da Murta, dia 19, será às 14h, para saída às 14h30. Na chegada à Igreja de São José a murta será benzida por um sacerdote católico. Dô, por sua vez, citou como outra pauta da Semana a assinatura de Acordo da Irmanação entre Macapá e Ouidah, na Associação dos Servidores Municipais de Macapá. Ouidah é uma cidade da África Ocidental na atual República de Benim.

 

Na entrevista, houve a informação de que serão coletados mais de quinhentos DNAs de amapaenses na busca de saber de qual local africano os negros do Amapá vieram. “A ancestralidade e as mudanças climáticas, contexto em que os negros também estão inseridos, serão amplamente discutidas na III Semana Amapá África Amazônia 2024”, pontuou Elísia Congó.

 

Dô Sacaca disse que a Assembleia Legislativa do Amapá deverá discutir elaboração de lei estabelecendo a percussão africana como elemento da cultura amapaense. “Queremos isso, também, pois pertencemos a um pedacinho da África”, pontuou Congó, adiantando que os visitantes africanos trarão instrumentos de percussão para a Semana.

 

O presidente da Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, Dô Sacaca, informou que entre os participantes do evento anual que repercute a conexão Amapá/África/Amazônia estarão representantes africanos de Benim, Camarões e República do Congo, bem como ativistas brasileiros de Pernambuco, Maranhão e Pará.

 


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