Cidades

No Amapá, 56% dos municípios ficarão sem profissionais em UBS no aguardo da segunda etapa do Programa Mais Médicos

De acordo com dados do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-AP), foram ofertadas 76 v agas para todo o estado, sendo 9 para Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (DSEI).


Nesta sexta-feira (7), à meia-noite, as inscrições de profissionais para o programa Mais Médicos encerraram em todo o país. No Amapá, dos 16 municípios, nove ainda ficarão sem médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), até a segunda etapa do projeto, que irá abrir para brasileiros e estrangeiros formados no exterior.  De acordo com dados do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-AP), foram ofertadas 76 v agas para todo o estado, sendo 9 para Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (DSEI). O presidente do Cosems-AP, Marcel Menezes, assume preocupação com a situação nos municípios.
Com o não preenchimento das vagas, os secretários dos municípios que ficaram sem médicos nas UBSs após o encerramento do convênio do governo federal com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e não despertaram interesse nesta fase do Mais Médicos, esperam que na segunda etapa, que inicia dia 11 de dezembro, sejam contemplados. Os municípios que ficarão sem médicos são: Itaubal, Vitória do Jari, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Ferreira Gomes, Porto Grande, Calçoene, Cutias e Laranjal do Jari.
Em Oiapoque, o secretário de Saúde Isaú Mecenas relata que desde a saída definitiva dos médicos cubanos, no dia 28 de novembro, o atendimento nas unidades de saúde do município é feito somente por enfermeiras. Eles tinham seis médicos estrangeiros, e nesta primeira etapa do Mais Médicos, foram oferecidas cinco vagas para Oiapoque, mas somente duas foram preenchidas. “Este dois médicos entregaram hoje a documentação e têm até dia 14 para se apresentarem. Esperamos que dê tudo certo, porque é inadmissível ficarmos sem médicos”, disse o secretário.
“Antes do término do acordo diplomático entre as duas nações, o Amapá tinha todas as vagas preenchidas nos municípios. Alguns municípios têm médicos de outros convênios ou na rede estadual, mas, por exemplo, Cutias e Oiapoque, ficaram sem nenhum profissional. A maior defasagem é nas comunidades mais distantes e áreas indígenas”, disse o presidente Marcel Menezes. Em Macapá, capital do estado, foram oferecidas nove vagas, todas preenchidas, mas somente sete ficaram até o final. Santana foi o município que mais abriu oportunidades, 21, sendo que 13 aceitaram as condições.
O Ministério da Saúde (MS) disponibiliza nesta terça-feira (11), até dia 14, novas inscrições do programa para profissionais brasileiros e estrangeiros formados no exterior,  sem registro no Brasil. Eles devem enviar a documentação ao MS e estarem aptos para a validação. Entre os dias 20 e 22, os brasileiros com formação em outro país, sem registro no Brasil e que tenham a inscrição validada, podem escolher municípios remanescentes.

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