“O Amapá é o estado proporcionalmente mais negro da Amazônia”, afirma Josilana Santos
No mês em que se destaca a importância da população afrobrasileira, a presidente da Fundação Marabaixo reforça desafios e conquistas deste segmento no estado
Douglas Lima
Editor
Para Josilana Santos, presidente da Fundação Marabaixo, novembro traz uma importância que deveria ser lembrada durante todo o ano. A afirmação, feita durante entrevista ao programa Togas e Becas (Diário FM 90,9) deste sábado, 15, é em referência ao Dia da Consciência Negra, a ocorrer na próxima quinta-feira, 20.
“Temos que trabalhar a igualdade a partir da equidade. Acredito que esse seja o caminho, o carro-chefe. A comunidade negra é uma população que historicamente merece reparação; qualquer política pública precisa ser reparatória”, disse Josilana. A presidente da Fundação Marabaixo ainda falou que além do negro, os povos originários também sofreram com todas as formas de preconceito.
Acerca de novembro e de sua relevância, Josilana registrou que 72% da população amapaense se declara negra ou parda. “O Amapá é o estado proporcionalmente mais negro da Amazônia”, afirmou, complementando que foi preciso, historicamente, ousar contra o sistema escravocrata, luta essa representada por figuras como Zumbi dos Palmares e Dandara.
Josilana reforçou convite para o Encontro dos Tambores, que começa neste sábado com atrações nacionais e rodas de debates, entre outras atividades. “Vai ser o maior de todos os tempos; o tambor é nossa identidade cultural, é uma ferramenta de luta. Nosso Marabaixo é usado para críticas sociais. Essa é uma política defendida pelo governador Clécio Luís”, concluiu a presidente.
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