O avanço da navegação no Amapá
Transporte marítimo no ex-território federal, hoje estado, segue enfrentando desafios, mas também tem sido essencial para romper isolamento da região

Evandro Luiz
Da Redação
Nas décadas de 1940 e 1950, o Amapá enfrentava grandes dificuldades no setor marítimo. A região contava apenas com embarcações de pequeno porte para atender a uma demanda que não parava de crescer. Essas embarcações dependiam muito do vento, pois eram movidas à vela, e as viagens costumavam demorar vários dias até o destino.
Na década de 1950, o governo de Janary Nunes adquiriu os primeiros barcos públicos do então Território Federal do Amapá, como o Araguary e o Oiapoque. O valor das passagens era simbólico, e os estudantes que viajavam para estudar em Belém tinham gratuidade.
Essas operações estavam sob a responsabilidade da Sertta e da Susnava, órgãos que antecederam a criação, em 1982, da Senava — Superintendência de Navegação do Amapá —, período em que a navegação fluvial atingiu seu auge no território.
O transporte marítimo para Belém geralmente envolve balsas e navios que atravessam rios como o Amazonas, partindo de cidades como Macapá, Santarém e Manaus. Essas viagens podem durar de 24 horas até quatro dias, dependendo da origem e do tipo de embarcação. Os navios costumam oferecer diferentes áreas para acomodar os passageiros, como conveses com redes para dormir, espaços de lazer e restaurantes.
Para atender ao crescente fluxo entre Macapá e a Grande Belém, a solução foi investir em maior eficiência marítima. Pensando nisso, uma empresa do setor privado se especializou na ligação entre as capitais e, recentemente, inaugurou a maior balsa do Brasil, com capacidade para transportar até 80 carretas.
O transporte marítimo no Amapá segue enfrentando desafios, mas também tem sido essencial para romper o isolamento da região.
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