Obesidade no Amapá está abaixo da média nacional
Especialista recomenda avaliação com equipe multidisciplinar, exercícios físicos e mudança de hábitos alimentares e até mesmo sociais para reduzir incidência do mal que afeta cada vez mais a população do mundo inteiro.

Ao comentar nesta quinta-feira (11), que é o Dia Internacional da Obesidade, o médico cardiologista amapaense Eduardo Monteiro afirmou que o mal está se tornando um grande problema de saúde pública em todo o mundo, porque afeta diretamente os gestores em função dos elevados gastos de recursos no combate às doenças causadas pela obesidade, além do crescimento da ocorrência de mortes.
De acordo com o especialista, que é o novo presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/AP), eleito e empossado recentemente, a incidência da obesidade está relacionada cada vez com maior incidência aos hábitos de vida, embora tenha também, em menores proporções, outras causas, inclusive genéticas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50% da população dos países da América sofrem de sobrepeso e obesidade, mas no Amapá, apesar dos índices também serem considerados altos (10%), verifica-se que há crescimento, que ele atribui ao sedentarismo: “Grande parte dos fatores da ocorrência do sobrepeso e da obesidade se deve ao estilo de vida, alimentação irregular e sedentarismo. Mas é importante destacar que hoje essa situação envolve uma equipe multiprofissional, inclusive com educador físico, psicólogo e até mesmo assistente social, porque também depende da situação social da pessoa, para aferir se a obesidade está proporcional aos níveis pressão arterial, de hipertensão secundária, porque se não estiver proporcional, também aumenta o risco de uma doença que é crônica e de alto risco para o sistema cardiovascular, que é o diabetes”, alertou o médico, finalizando:
– Há necessidade da pessoa que se enquadra essa situação de sobrepeso e obesidade procurar avaliação profissional pra ver como fazer o tratamento, inclusive, se for o caso, cirúrgico, a cirurgia bariátrica, que é utilizada para corrigir aqueles casos em que já se tentou de tudo e não consegue, mas esse procedimento só é indicado com um processo prévio, com avaliação de vários profissionais, inclusive psicólogos. O mais importante, no entanto, é que as pessoas se alimentem de forma adequada, pratiquem exercícios físicos e procurem avaliação profissional para definir o melhor tratamento. Temos também que nos preocupar com a prevenção, restabelecendo-se na grade escolar a disciplina Educação Física, que infelizmente deixou de existir, porque tem que haver essa preocupação desde a infância, inclusive no ambiente escolar.
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