Cidades

“Olhar para o comércio como vetor de contágio é cometer um equívoco novamente”, afirma presidente da Fecomércio

Em entrevista ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90.9 FM), Eliezir Viterbino saiu em defesa do setor econômico local.


Lana Caroline
Da Redação

 

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amapá (Fecomércio/AP), Eliezir Viterbino, em entrevista ao programa  radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM), saiu em defesa do setor econômico local, em meio ao aumento dos casos de contágio da Covid -19 de mais pessoas no estado, o que gerou o toque de recolher e medidas mais enérgicas no novo decreto publicado nesta terça-feira (09) pelo Governo do Estado.

 

Os números revelam que as atividades comerciais servem como núcleos de contenção ao contagio do coronavírus. A taxa de crescimento de novos casos da Covid-19 ficou acima de 25% entre os meses de abril e maio de 2020. Em junho essa taxa caiu para 13% e a partir de julho ficou abaixo 2%. Hoje a taxa de crescimento está abaixo de 0,5%, e os reflexos de final de ano já se apresentaram nas duas primeiras semanas de janeiro. Agora a previsão é de estabilidade, com expetativa de queda para os próximos meses.

 

“Olhar para o comercio como qualquer vetor de contagio é cometer novamente um equívoco, que foi cometido lá atrás. Quando nós voltamos [comércio], não houve nenhum aumento significativo de casos. A taxa de contagio suavizou”, afirmou o presidente.

 

No auge da pandemia (março, abril e maio) o Amapá perdeu mais de 1.528 postos de trabalho. Em abril foi o pior resultado dos últimos 15 anos. Diante desse quadro, fica confirmado que os atos do poder público restringindo as atividades produtivas em 2020, inclusive, com lockdown, foram discriminatórias contra os empreendimentos, além de equivocadas, pois não reduziram o contágio e ainda provocaram a falência de várias empresas e o aumento do desemprego no estado.

 

“Tivemos um pico de quase 1.600 empregos negativos no auge da pandemia aqui [Macapá], mas é importante colocar que diferentemente daquele período, qualquer restrição que seja [lockdown], neste momento, não será acompanhado de auxílios ou benefícios para a população”, apontou Viterbino.

 

O presidente ainda destacou sobre o fato de que a vacinação deve ser feita com mais rapidez e sobre a independência de laboratórios particulares em adquirir os imunizantes. “O poder público tem que vacinar mais rápido, e dispor de mais imunizantes, além disso, defendemos que também haja espaço para a compra de vacinas para o meio particular, porque muitas empresas podem optar por imunizar seus colaboradores, o que tira, de certo modo, o peso do poder público.”

 

Eliezir defende que Estado e municípios devem atuar severamente nas fiscalizações para evitar o contágio da Covid-19. “É importante uma fiscalização mais severa, pois a Federação do Comércio não irá defender nenhuma empresa que não respeite os protocolos de segurança. Existem muitos comércios que não estão cumprindo a medida de proteção, então, denuncie, isso é importante.”


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