Cidades

ONG confirma morte de garoto com câncer ósseo

Bruno Dias, de 11 anos, lutava contra um câncer nos ossos. Ele foi diagnosticado com osteosarcoma há dois anos. Ele lutou pela vida até o fim


Morreu por volta de 7h30 desta quarta-feira, 8, em casa, no bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá, o pequeno Bruno Dias, de 11 anos, que vinha travando uma luta contra um osteosarcoma, um cancro que afeta as células responsáveis pela construção dos ossos. A criança lutava contra a doença há dois anos.

A confirmação da morte foi feita pelo presidente da ONG Carlos Daniel, Agenilson Pereira, durante entrevista ao programa Luiz Melo Entrevista (Diário 90,9FM). “Perdemos mais uma criança por causa do descaso das autoridades com a saúde neste país. Ontem [7] outras duas crianças amapaenses que tinham leucemia morreram em São Paulo, onde faziam tratamento, mas encontravam dificuldades”, disse Agenilson.

A mãe de Bruno, Benedita Dias, de 36 anos, havia iniciado uma campanha para terminar a construção da pequena casa que ela vinha erguendo para dar o mínino de conforto ao garoto. “Os médicos disseram que é irreversível e não sabemos quanto tempo ele tem de vida, mas acredito em Deus, e enquanto meu filho viver, vou lutar para dar o melhor a ele”, disse Benedita em entrevista na segunda-feira, 6, à rádio Diário 90,9FM.

Na manhã desta quarta-feira, rapidamente, Benedita afirmou que o corpo seria velado na casa da família mesmo. “Ontem à noite ainda conversamos sobre várias coisas, hoje meu filho já não abriu mais os olhos. É uma dor que não posso mensurar. Iremos velar o corpo em casa, mas estamos pensando em levá-lo para Mazagão, onde a maioria da nossa família reside, mas ainda não está certo”, disse.

Doença

Após ser diagnosticado com a doença, Bruno e a mãe foram para São Paulo. A avó da criança chegou a fazer um empréstimo de R$ 3 mil para ajudar no custeio da viagem. Mãe e filho ficaram 10 meses em São Paulo fazendo tratamento, mas a doença evoluiu.

Essa evolução fez com que os médicos se vissem obrigados a amputar o braço esquerdo do menino. De volta à Macapá, no dia 29 de maio – já desenganado – Bruno passou a viver com a ajuda de um cilindro de oxigênio.


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