Pesquisa Vigitel revela números sobre fumantes passivos em Macapá; houve redução
Comparada com outras capitais, Macapá é a décima com a maior prevalência do índice. Quando observado o sexo, as mulheres da capital amapaense apresentaram maior prevalência de fumantes passivos em casa (11,1%), em comparação com os homens (5,1%). No Brasil, o índice apresentou queda de 42,5%, com destaque para as capitais Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC).

Os macapaenses estão cada vez fumando menos em casa e expondo os familiares aos riscos do tabagismo passivo. É o que apontoa a última edição da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Em oito anos, o índice registrou queda de 38,8% no número de fumantes passivos no domicílio, caindo de 13,4%, no ano de 2009, para 8,2% no ano passado. O dado foi divulgado pelo Ministério da Saúde.
Comparada com outras capitais, Macapá é a décima com a maior prevalência do índice. Quando observado o sexo, as mulheres da capital amapaense apresentaram maior prevalência de fumantes passivos em casa (11,1%), em comparação com os homens (5,1%). No Brasil, o índice apresentou queda de 42,5%, com destaque para as capitais Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC).
Aracaju (5,1%) teve a menor incidência de fumantes passivos em domicílio, no ano passado. Já Porto Alegre (RS) apresentou o maior percentual (10,4%), no mesmo período. A frequência de fumantes passivos no domicílio foi mais alta entre os mais jovens (18 a 24 anos), em ambos os sexos. A pesquisa foi feita por telefone nas 26 capitais e no Distrito Federal e contou com 53.210 entrevistas.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comemorou a redução e destacou que as ações da pasta não vão parar. “Continuaremos investindo nessa área e ampliando a divulgação das campanhas. Vamos também orientar as crianças por meio do Saúde na Escola, criando resistência a esse início do vício de fumar que acontece, principalmente, na adolescência”, ressaltou.
A queda no número de fumantes passivos em domicílio vem junto com a redução de fumantes no país. Nos últimos 10 anos, houve redução de 35% no número de usuários de produtos derivados do tabaco. A prevalência caiu de 15,7% em 2006, para 10,2% em 2016. Quando separado por gênero, a frequência de fumantes hoje é maior no sexo masculino (12,7%) do que no feminino (8%). Se analisado por faixa etária, a pesquisa mostra que a frequência de fumantes é menor entre os adultos jovens antes dos 25 anos (7,4%), ou após os 65 anos (7,7%) e maior na faixa etária dos 55 a 64 anos (13,5%). Em Macapá, a queda foi de 53,9%, diminuindo de 19,1%, em 2006, para 8,8%, no ano passado.
O tabagismo passivo é causa de doenças e morte. Em 2015, o Ministério da Saúde registrou 17.972 óbitos, sendo uma das principais causas de mortes atribuíveis ao tabaco. Ser fumante passivo significa inalar fumaça de cigarros (ou outros produtos derivados do tabaco) por pessoas que não fumam. Essa fumaça se difunde no ambiente e faz com que as pessoas ao redor inalem a mesma quantidade de poluentes que os fumantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2013, o tabagismo passivo foi a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool.
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