Cidades

PF abre inquérito para investigar corrupção no futebol, diz mi

Inquérito vai apurar se crimes apurados pelo FBI foram cometidos no Brasil.



 

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar se foram cometidos no Brasil crimes ligados ao suposto esquema de corrupção no futebol investigado pelo serviço de inteligência norte-americano, o FBI, informou a assessoria do Ministério da Justiça.

O inquérito foi instaurado por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. De acordo com o ministro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi informado sobre a decisão. Segundo Cardozo, ele e Janot vão se reunir para acertar uma atuação conjunta entre PF e Ministério Público Federal na investigação.

“Determinamos a abertura de inquérito policial para investigação dos fatos, ou seja, a PF já determinou a abertura, e o inquérito correrá pela Superintendência do Rio de Janeiro, por força da competência da PF local. Por essa razão, vamos apurar, e a orientação do Ministério da Justiça é que as investigações sejam feitas com seriedade. Vamos buscar coletar todas as provas e situações para averiguar se há ocorrência de crimes”, declarou o ministro na tarde desta quinta no Palácio do Planalto.

O FBI prendeu sete dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) suspeitos de envolvimento em esquema de corrupção no futebol. Entre os presos está o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.

Duas das linhas de investigação do FBI estão relacionadas com o futebol brasileiro. Uma delas apura suspeita de superfaturamento do contrato da CBF com uma empresa de fornecimento de material esportivo. Outra apura a compra de direitos de transmissão por agências de marketing esportivo de Copa América Centenária, edições da Copa América, Libertadores da América e Copa do Brasil. “O Brasil fará sua própria investigação e não cabe a nós pré-julgar absolutamente nada. Vamos aguardar as investigações para termos conclusões a respeito”, declarou Cardozo.

O Ministério da Justiça informou que, entre os crimes que, em princípio, serão investigados, estão os de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Pela manhã, antes da abertura do inquérito, o ministro afirmou em entrevista coletiva que só poderão ser investigados delitos tipificados pela legislação brasileira.


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