Cidades

PF investiga grupo que atuava irregularmente no mercado financeiro

Entre os presos está Ely Barbosa, assessor especial do governador do Pará, Simão Jatene, lotado na Casa Civil.


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), no Pará e mais três estados (Amapá, Tocantins e Santa Catarina), a operação Colinas de Rocha, a 2ª fase da Operação Olho de Tandera, deflagrada em setembro do ano passado, para investigar desvios de recursos de Institutos de Previdência.

 

Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão no Pará, Amapá, Tocantins e Santa Catarina. Deste número, apenas uma pessoa ligada a uma das duas empresas investigadas pelo esquema não foi presa. Os detidos responderão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 

Entre os presos está Ely Barbosa, assessor especial do governador do Pará, Simão Jatene, lotado na Casa Civil. Ely Batista foi nomeado por Jatene em março do ano passado como assessor especial I e é ex-prefeito de Oeiras do Pará.

 

Essa etapa tem o intuito de encerrar as investigações sobre a gestão fraudulenta do Fundo de Previdência de Oeiras do Pará, nordeste do estado do Pará, onde se descobriu a apropriação indébita de R$ 14,8 milhões, quantia equivalente a mais da metade dos recursos do instituto de previdência do município, com o indiciamento do ex-gestor do Fundo e do ex-prefeito municipal Ely Batista.

 

Além dele, outros oito envolvidos no esquema tiveram o mandados de prisão preventiva cumpridos, todos acusados de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Diversos documentos também foram apreendidos durante a ação desta quarta-feira.

 

A operação tem por objetivo finalizar a investigação envolvendo grupo empresarial criminoso presente nesses estados, que atuava irregularmente no mercado financeiro, captando recursos de institutos de previdência de servidores municipais para aplicação no Sistema Financeiro Nacional.

 

Durante a primeira fase da ação, ainda no ano passado, uma das pessoas ouvidas coercitivamente foi a empresária Dayanne Lima, ex-esposa de Elton Lira, dono de uma empresa de consultoria que prestou serviços para diversas prefeituras de estados envolvidos no esquema, incluindo o Pará.

 

A operação foi batizada com o nome do quarto ciclo do Inferno de Dante, que corresponde ao local aonde se encontram os gananciosos, pródigos e avarentos. (Com informações da PF)


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