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PNAD Contínua 2016: no Amapá, 10% da população com maiores rendimentos concentra 43% da renda

Entre as 776 mil pessoas residentes no Amapá, 48,8% (379 mil) possuíam algum tipo de rendimento. Desses, 36,8% (285 mil) tinham rendimentos do trabalho e 15,8% (123 mil) recebiam rendimentos de outras fontes.


No estado do Amapá, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$ 688 milhões. Os 10% com menores rendimentos da população detinham 0,8% dessa massa, enquanto os 10% com maiores rendimentos possuíam 43%. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 2016.

Entre as 776 mil pessoas residentes no Amapá, 48,8% (379 mil) possuíam algum tipo de rendimento. Desses, 36,8% (285 mil) tinham rendimentos do trabalho e 15,8% (123 mil) recebiam rendimentos de outras fontes.

Já o rendimento médio mensal de todas as fontes, que agrega a renda oriunda de todos os trabalhos e de outras fontes da população, foi de R$ 1.818. A segunda maior da Região Norte. Atrás apenas de Roraima (R$ 1.974).

O 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia R$ 18.344, em média, ou 25 vezes mais do que a metade com os menores rendimentos de trabalho (R$733).

Do rendimento médio mensal domiciliar per capita, 84,6% provêm do trabalho e 15,4% vêm de outras fontes: aposentadoria e pensão (8,4%); outros rendimentos (3,8%); aluguel e arrendamento (1,6%); e pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (1,6%).

O índice de Gini, que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima), do rendimento mensal real domiciliar per capita foi de 0,560.

As informações são do módulo sobre Rendimento de todas as fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016.

Rendimento das mulheres é 0,9% maior que o dos homens

Em 2016, o mercado de trabalho amapaense era composto por 286 mil pessoas ocupadas com 14 anos ou mais de idade. Apesar de as mulheres representarem mais da metade da população em idade de trabalhar, os homens preencheram 58,4% dos postos de trabalho.

Entre a população ocupada, o rendimento médio mensal real foi de R$ 2.038. As mulheres receberam, em média, R$ 2.049, o equivalente a 0,9% a mais do que os homens (R$ 2.030).

Pretos e pardos recebem, em média, rendimentos abaixo da média nacional

Entre a população ocupada, os brancos representavam 22,5%, enquanto os pretos, 11,3%, e os pardos, 65,3%. O rendimento médio de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.439) foi aproximadamente 12% maior do que o das pessoas pretas (R$ 2.146) e 23% maior do que o das pessoas pardas (R$ 1.879).

Os brancos apresentaram rendimentos 16,4% superiores à média estadual (R$ 2.038), enquanto pretos e pardos receberam rendimentos, respectivamente, 5,3% e 7,8%, inferiores.

Trabalhadores com ensino superior ganham quase 3 vezes mais do que aqueles com apenas o ensino médio

Considerando-se a escolaridade da população ocupada, os trabalhadores com ensino superior completo tinham rendimento médio mensal de R$ 4.303, cerca de três vezes mais do que aqueles com somente o ensino médio completo (R$ 1.597), e cerca de cinco vezes acima daqueles sem instrução (R$ 924). O rendimento médio dos trabalhadores sem instrução (R$ 924) era 21% menor que o daqueles com ensino fundamental completo (R$ 1.169).


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