Cidades

Ponte da Integração vira ‘point’ de turismo nos fins de semana

Obra de engenharia colocou fim em 50 anos de travessia feita por balsas.


A ponte ‘Washington Elias dos Santos’, mais conhecida como Ponte da Integração, inaugurada em dezembro do ano passado, virou ponto turístico para os moradores da região metropolitana e até mesmo para pessoas de fora do estado. Além de facilitar o tráfego entre Macapá, Santana e Mazagão, a estrutura passou a receber centenas de visitantes, principalmente nos fins de semana.

O arquiteto Otávio Tavares ficou sabendo que a ponte tinha sido inaugurada e programou uma viajem para conhecer o empreendimento que integra o município de Mazagão com o restante do Amapá. “Essa ponte, além de linda, tem uma importância muito grande para o Amapá. Moro hoje em Goiânia, e sem sombra de dúvidas, vivi uma das experiências mais belas da minha vida conhecendo a Ponte da Integração. Aproveitei e tirei muitas fotos para levar lá para a cidade e quem sabe na próxima oportunidade posso trazer meus amigos aqui nas terras tucujus”, destacou o arquiteto.

A ponte, com mais de 690 metros de comprimento, encurtou o trajeto do estudante Eliseu Andrade, de 22 anos, que antigamente utilizava as balsas para fazer a travessia no Rio Matapi. Ao cruzar a ponte pela primeira vez, o santanense ficou contente com resultado do obra que também contemplou agricultores que atualmente utilizam a ponte para o escoamento de suas produções.

“Estou emocionado e estou falando isso do fundo do meu coração. Eu costumo sempre ir em uma comunidade perto de Mazagão comprar produtos e sofri durante anos com a questão das balsas. Eu gosto de esportes radicais e com a Ponte da Integração o Amapá vai poder contar um lugar diferenciado para prática de vários estilos de esportes”, comentou Eliseu imaginando um dia poder fazer rapel na estrutura.

Não tão radical quanto o Eliseu, a autônoma Tereza Silva, de 67 anos, disse ter medo de altura. Encorajada pelos filhos e netos, ela aceitou o desafio de conhecer o topo da ponte. Segundo ela, a sensação foi uma das melhores que já pôde sentir na vida.

“Eu não tenho mais idade para esse tipo de coisa. Mas o medo que eu senti no início da ponte foi se perdendo aos poucos com cada passo que eu dava junto com as minhas netas. Lá em cima eu pude ver um cenário de cinema, e me emocionei com aquela belíssima paisagem casada com nosso grande Rio Matapi”, descreveu dona Tereza.

A Ponte da Integração colocou fim em 50 anos de travessia feita por balsas, no Rio Matapi e contribui diretamente para escoamento das produções agrícola, artesanal e extrativista do município de Mazagão e do Sul do Estado.


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