População não se conscientiza e faz Amapá avaliar lockdown para frear Covid
De acordo com o governador Waldez Góes, medidas mais enérgicas serão tomadas, pois a fiscalização e outras ações educativas não estão surtindo o efeito necessário para frear a covid.

Railana Pantoja
Da Redação
O Governo do Amapá anuncia no fim da tarde desta segunda-feira (8) novas medidas restritivas para conter o novo coronavírus no estado. Segundo o Comitê Médico de Enfrentamento à Covid-19 no Amapá, os dados epidemiológicos desta semana são muito preocupantes.
“Na última semana aumentou muito o atendimento nas UBSs, como consequência aumenta também o número de pessoas precisando de leitos clínicos e tratamento intensivo. Abrimos, desde a semana passada, 15 leitos de UTI, mas não sei se teremos condições de abrir na outra semana mais leitos, porque não tem profissional no Brasil inteiro. Além disso, temos um número alto de óbitos e quase todo o estado está em vermelho”, disse o governador do Amapá, Waldez Góes.
De acordo com o governador, medidas mais enérgicas serão tomadas, pois a fiscalização e outras ações educativas não estão, infelizmente, surtindo o efeito necessário para frear a covid.
“Caso a gente não vá ainda para a medida mais enérgica, que é o lockdown, surgirão medidas mais fortes. Certamente vamos ampliar a Lei Seca, com mais dias,e atuar fortemente nos fins de semana. E se até domingo (14) não melhorar, teremos lockdown, não teremos outra saída. Embora não resolva todos os problemas, mas ajuda muito fechar tudo. Vamos dialogar com as instituições de todos os segmentos durante a semana, para mostrar os números. Mas vale lembrar que prevenir é dever de todos, independente de fiscalização”, frisou Waldez.
Para o governador, “é desumano achar que as forças de segurança, desde março de 2020, darão conta de fiscalizar tudo nas ruas”.
“Cobrar toda essa responsabilidade das polícias civil e militar e de todos os órgãos de fiscalização não dá, é desumano. A polícia passa, desmobiliza uma aglomeração e minutos depois as pessoas retornam. Marcam festa clandestina, a polícia descobre, os organizadores mudam hora e local; enfim, é preciso cair a ficha de todo mundo. As pessoas só sabem cobrar da gente, mas o Governo tem limite, qualquer lugar do mundo tem. Então, preciso que todos tenham engajamento no combate”, finalizou o governador.
Deixe seu comentário
Publicidade

