Pré-natal adequado pode prevenir a prematuridade
Consultas rotineiras, exames laboratoriais e ultrassom na gestação são fundamentais para detecção de possíveis doenças.

São considerados prematuros os bebês que nascem antes de 37 semanas de gestação. Existe uma classificação entre os bebês nascidos nessa condição: Prematuros Extremos, os que nascem antes de 28 semanas de gestação; Muito Prematuros, nascem entre 28 e 32 semanas; e Prematuro Moderado a Tardio, nascidos entre 32 e 37 semanas de gestação.
“Os bebes nascidos abaixo de 34 semanas, em sua maioria, irão necessitar de cuidados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo)”, explicou Pepétua.
A pediatra ressaltou ainda que as principais complicações iniciais dos bebês nascidos nesse período da gestação são os distúrbios respiratórios e as infecções e, tardiamente, os problemas neurológicos, como paralisia cerebral, alterações visuais e auditivas.
O nascimento de bebês cedo demais continua sendo a maior causa de mortalidade neonatal. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil nascem por ano 320 mil bebês nessas condições. No Amapá, dados do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), mostram que 20% da média de 840 partos por mês são prematuros.
Uma gestação costuma durar entre 38 e 40 semanas. No entanto, alguns fatores como infecção materna, tabagismo, gestante adolescente, gemelaridade, malformação fetal, histórico de parto prematuro anterior, entre outros, podem levar a um parto antecipado. A médica falou que a prevenção é a melhor estratégia para reduzir o número de partos prematuros. E que na maioria dos casos, o pré-natal bem feito pode evitar um parto antecipado.
“Um pré-natal adequado, consultas rotineiras, exames laboratoriais e ultrassom durante uma gestação são fundamentais para a detecção de possíveis doenças e alterações que podem aumentar o risco de um parto prematuro. As gestantes e seus parceiros devem comparecer às consultas, seguir as orientações dos profissionais de saúde e prestar atenção aos sinais de alerta de trabalho de parto prematuro, que são repassados nas consultas”, orientou.
Perpétua reforçou também que manter hábitos de vida saudável, com atividade física e uma alimentação equilibrada antes de engravidar podem reduzir o risco de parto prematuro, aliado a uma assistência pré-natal de qualidade.
Pré-natal
Toda mulher gestante tem direito e deve fazer o pré-natal, que pode diminuir as principais causas de mortalidade materna e neonatal. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos municípios possuem ginecologistas e enfermeiros preparados para as consultas do pré-natal e devem fornecer exames laboratoriais e de imagem gratuitamente conforme estabelece o Sistema Único de Saúde (SUS).
Saiba alguns dos direitos garantidos pelo SUS:
– Teste rápido de gravidez;
– Consultas e exames de acompanhamento de acordo com a caderneta da gestante;
– Detecção e prevenção da transmissão de doenças, como sífilis e HIV;
– Preparação física, psicológica e emocional para o parto;
– Incentivo ao envolvimento do pai ou parceiro durante todo o processo.
Texto com informações do portal Viva Mais SUS do Ministério da Saúde.
Deixe seu comentário
Publicidade
