Cidades

Prefeito de Macapá diz lamentar saída de cubanos do “Mais Médicos”

A Prefeitura de Macapá diz que será diretamente afetada com essa decisão.


Cleber Barbosa
(cleberbarbosa.net)

 

O prefeito de Macapá, Clécio Luis (REDE) manifestou-se por meio de nota oficial, a respeito da decisão do Ministério da Saúde de Cuba ter anunciado a não renovação do programa Mais Médicos no Brasil, a partir do próximo ano. Dizendo ter recebido a notícia com tristeza, anuncia que vai pedir a reavaliação por parte da futura gestão do Planaldo. “Integro o movimento dos prefeitos que pedem que o novo presidente da República repense nos critérios de participação de Cuba no programa. É inquestionável que passaremos por dificuldades para conseguir novos profissionais para atuar nos locais mais distantes de todo o Brasil”, disse o gestor macapaense.

 

Ainda de acordo com as declarações de Clécio, Macapá desde 2013 é beneficiada pelo programa, e já chegou a ter 47 desses profissionais. Hoje ainda conta com oito médicos intercambistas que atuam no Bailique, Pacuí e também na capital. “A saída deles certamente será uma grande perda para toda a população, que é atenciosamente atendida por esses profissionais”, acrescenta o prefeito.

 

Gratidão
O prefeito de Macapá manifesta seu agradecimento aos profissionais cubanos. “Por todo o comprometimento e carinho que dispensaram ao povo de Macapá. Desde que passaram a compor nossas equipes de saúde, foi possível levar atendimento aos lugares mais remotos do município”, diz Clécio Luís. Exemplo disso, segundo o prefeito, é o arquipélago do Bailique, que sofria com a falta de médico, pois nenhum profissional queria atuar no local. “Os quase 15 mil habitantes do distrito chegaram, graças ao programa, a ter cinco médicos, que levaram atendimento digno a todas as comunidades. Certamente, os dois médicos que ainda atuavam no local deixarão uma lacuna nos atendimentos a essa população”, acrescenta.

 

Por fim, a Prefeitura de Macapá diz que será diretamente afetada com essa decisão, já que o encerramento dos contratos representa grande retrocesso e fragiliza a universalização do direito à saúde, principalmente à população mais carente.


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