Cidades

Prefeito e secretariado de Macapá discutem tema Cidade Inteligente

O evento, que aconteceu na Casa da Indústria, contou com a participação do indiano Soumitra Dutta, que expôs um pouco da experiência vivida em outros países para ajudar no desenvolvimento do Amapá e, consequentemente, de Macapá.


O prefeito Clécio Luís participou de discussão sobre o tema Cidade Inteligente. O evento, que aconteceu na Casa da Indústria, contou com a participação do indiano Soumitra Dutta, que expôs um pouco da experiência vivida em outros países para ajudar no desenvolvimento do Amapá e, consequentemente, de Macapá.

Durante o bate-papo, Clécio falou de como ele vê a Macapá do futuro. “Nós elaboramos uma plataforma digital que trata do exercício diário de planejamento a longo prazo [Macapá Rumo aos 300 Anos], como nós queremos está quando Macapá completar 300 anos. Para isso, estamos fazendo diversas parcerias para nos ajudar a responder perguntas como essas. E nós temos os chamados vetores de desenvolvimento que nos ajudam nesse processo. E falando de Brasil, a nossa posição geográfica é privilegiada. Em relação ao Amapá, aqui estamos mais perto do restante do mundo do que os demais estados”, disse.


Ressaltando que somos os únicos que temos todas as terras indígenas demarcadas e não se tem conflitos recentes em relação a essas áreas. “Essa localização privilegiada é um vetor de desenvolvimento, mas precisamos de algo que nos ajude a explorar isso. Paralelo, tínhamos há 60 anos um porto que escoava manganês e espirava para fora do país e hoje está abandonado. Mas a nossa vocação portuária continua latente, principalmente devido ao estrangulamento dos portos do Brasil.  A nossa diferença em dias daqui para o porto de Santos é de 11 dias e sem falar nos impostos altíssimos. Tudo isso está embaixo dos nossos olhos, mas não temos tecnologia suficiente para fazer tudo isso funcionar. Por isso a importância de nós investirmos em inovações”, completou o prefeito.

Professora sênior e diretora acadêmica do Instituto de Mercados Emergentes da School of Business da Universidade Cornell (EUA), Lourdes Casanova, ressaltou a importância de se investir em infraestrutura. “Macapá tem que ser parte desse ecossistema de desenvolvimento. Essa região precisa fazer algo em termos de infraestrutura. Essa demora em relação ao porto de Santos de 11 dias é muito grande. São pequenos detalhes que fazem a diferença para a população”, explicou.


Dutta justificou os apontamentos mostrando exemplo do país natal, a Índia, que vem trabalhando para oferecer à população esses três pilares e aparece na frente do Brasil no ranking mundial de inovação, divulgado em 2018 (Brasil na 64º posição e Índia na 57º). “Eu gostei muito do que ouvi do prefeito e acho que está no caminho certo. Planejar é o primeiro passo para termos um melhor aproveitamento do que temos de melhor na cidade. Macapá do futuro conseguirá aliar três elementos muito importantes: alta qualidade de vida; respeitar a natureza e a tecnologia. Afinal, ninguém quer uma cidade evoluída, mas que seja poluída e não se tenha qualidade de vida. Eu convido o prefeito para conhecer outras cidades que tiveram experiências de sucesso. É preciso experimentar coisas diferentes. Nem todas darão certo, mas se não tentar jamais vocês experimentarão o desenvolvimento”, afirmou Soumitra Dutta.

A roda de conversa contou com a participação de secretários e coordenadores da Prefeitura de Macapá, além do diretor do Senai e superintendente do Sesi, Moises Aguiar e do diretor regional do Sesi/Senai, Sergio Moreira.

Fotos: Henrique Silveira


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