Presidente da associação dos procuradores esclarece operação da PF no prédio da PGE
Ele explicou que os agentes da PF chegaram ao prédio da PGE com um mandado de busca e apreensão, que não era relativo a nenhum procurador do estado, tampouco à instituição.
Cleber Barbosa
Da Redação
O procurador do estado Diego Bonilla, que preside a Associação dos Procuradores do Estado, concedeu entrevista à rádio Diário FM (90,9) nesta sexta (26), para esclarecer a passagem de agentes da PF no prédio da PGE durante curso de diligência contra um servidor do órgão.
Disse no Café com Notícia que antes de tudo é um dever de transparência para a PGE prestar os devidos esclarecimentos à sociedade e também trazer alguns esclarecimentos para que se evite qualquer tipo de interpretação equivocada, situação que não coadune com a verdade ou mesmo as chamadas Fake News.
Ele explicou que os agentes da PF chegaram ao prédio da PGE com um mandado de busca e apreensão, que não era relativo a nenhum procurador do estado, tampouco à instituição.
“A PF foi realizar essa operação em razão de um servidor, todos os mandados apresentados eram referentes a um servidor pontual e específico, porque ali é o seu domicílio profissional, então tudo o que a PF retirou da PGE —computadores, documentos, eram específicos ao trabalho desse único servidor, que ainda na manhã de hoje foi devidamente afastado pelo procurador-geral do Estado”, disse Bonilla.
O representante também esclareceu que não se trata de um servidor de carreira, não é efetivo dos quadros da PGE, mas ocupante de um cargo de provimento em comissão, que obviamente goza de presunção de inocência e, como tal, terá a oportunidade de utilizar seu direito de defesa e do contraditório, mas o fará afastado da instituição.
Por fim, o dirigente da entidade de classe dos procuradores afirmou que o modelo adotado na PGE, de abrigar a Central de Licitações, foi para o combate à corrupção e que a partir de então todos os procedimentos são eletrônicos, então eventual falhas ou vulnerabilidades no sistema poderão ser ajustados.
“Na verdade, a PGE já tinha franqueado acesso a esse sistema aos órgãos de controle do estado, como o TC, MP, enfim, acesso ao sistema, senhas, tudo, então a PF recebeu todo acesso ao sistema também exatamente para que seja possível apurar aquilo que eventualmente tenha ocorrido”, disse.
Ainda de acordo com o procurador, a investigação segue em sigilo, então não é possível ainda afirmar qual irregularidade pontual tenha ocorrido, sabendo-se ainda que é referente à área da saúde, dada a denominação da operação, “Vírus Infecto”, portanto diz respeito a algum contrato da Sesa, que usualmente não utiliza o sistema da PGE, mas sim uma equipe própria.
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