Presidente da Liesap diz que já tem seis escolas dispostas a debater ideia do Carnaval Equinócio da Primavera
Vicente Cruz alega que quadra momesca em setembro, apesar de em tese romper com a tradição do calendário carnavalesco, poderá ser viável e também se tornar evento tradicional, dependendo da continuidade.

Avança a ideia do presidente da Liga das Escolas de Samba do Amapá (Liesap), Vicente Cruz, de iniciar um processo para a realização do Carnaval Equinócio da Primavera, em setembro. O evento já começaria no corrente ano, aproveitando que o tradicional Carnaval com desfile das escolas de samba, a exemplo de 2016, mais uma vez não ocorrerá em razão da crise econômico financeira do governo do estado, o principal patrocinador do acontecimento.
Na manhã desta terça-feira, 10, em entrevista na Rádio Diário FM 90,9, Vicente Cruz afirmou que seis escolas, das dez existentes no estado do Amapá, já se dispõem a fazer um debate com vistas ao Carnaval Equinócio da Primavera. Da informação à prática, a primeira reunião sobre o assunto ocorre hoje, como falou o presidente.
Vicente argumentou que o debate não será longo, porém construtivo, considerando que as resistências serão muitas em virtude de que a proposta, em tese, rompe com a tradição do calendário carnavalesco do país. “Temos que verificar que o carnaval amapaense gera 10.500 empregos e movimenta em torno de 20 milhões de reais. Não teremos o desfile das escolas nos dias 25 e 26 de fevereiro, não só porque o patrocinador governo passa por uma situação difícil, mas também porque o empresariado, que é o investidor da festa, atua num cenário de incertezas”, mostrou Vicente Cruz.
O presidente da Liesap mostrou também que a economia do Amapá fica mais ativa no período de março a outubro, e que aí seria bom experimentar o Carnaval Equinócio da Primavera, até aproveitando o conselho do carnavalesco Milton Cunha, que esteve recentemente em Macapá e lançou o desafio de aqui se fazer uma quadra momesca fora do tempo, “para se sair do oceano vermelho para o oceano azul”.
Para Vicente Cruz, o carnaval em setembro de 2017, caso se torne viável, poderá, ao longo do tempo, vir a se constituir uma tradição, sem tirar a concepção dos eventos já tradicionais de Momo. “Não queremos construir nada contra a tradição. Queremos avaliar a proposta, e para isso já contamos com seis agremiações carnavalescas dispostas ao debate”, concluiu o presidente da Liga das Escolas de Samba do Amapá.
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