Cidades

Primeiro dia de ‘lockdown’ no Amapá inicia com ações intensificadas nos bairros com maior incidência de contaminação

A cada dois dias, um dos seis bairros com maior incidência de casos, em Macapá, receberá de maneira mais intensa as ações da operação. Outras barreiras com foco no controle da circulação de pessoas são feitas em diversos pontos das cidades do interior.


Fotos: Jonhwenne Silva

Railana Pantoja
Da Redação

 

Iniciou nesta terça-feira (19), no Amapá, o “lockdown regionalizado”, medida restritiva adotada pelo governo estadual com intuito de controlar o fluxo de pessoas nas ruas, fiscalizar bairros com maior incidência de contaminação e fazer aumentar a taxa de isolamento social. Mesmo com a medida sendo divulgada previamente, forças de segurança e órgãos de fiscalização ainda estão dando orientações para quem está na rua neste primeiro dia.

Barreiras sanitárias e de fiscalização estão montadas em Macapá e Santana, nos bairros com maior incidência de casos. Na capital, os bairros que lideram o ranking são Buritizal, Novo Buritizal, Santa Rita, Perpétuo Socorro, Central e Congós.

 

“A atividade lockdown mais intensa vai ser dentro desses bairros. No restante das cidades [interior] vamos ter barreiras com essa preocupação sanitária, mas não vão ter tantos serviços sanitários quanto nesses bairros. Vamos ter, na capital, várias barreiras cobrando muito mais a parte de circulação. Os bairros, especificamente, são os que recebem o lockdown regionalizado, neles vamos ter todo o aparato de segurança, vigilância e saúde. Tudo que a gente tem em relação ao controle da pandemia, estará localizado durante dois dias nos bairros escolhidos para o lockdown regional”, explicou o coronel Carlos Souza, secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública.

Com mais de 800 profissionais da segurança pública afastados por contaminação ou suspeita de infecção pelo novo coronavírus, o titular da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que foi preciso fazer a junção das instituições estaduais com os municípios para que as ações de fiscalização acontecessem.

 

“Pra essa operação específica, sem comprometer o policiamento da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, que são ordinários nas cidades, vamos ter 860 homens atuando e divididos em dois turnos, durante 10 dias. Aproximadamente 150 viaturas e carros administrativos estarão operando durante esses dias”, detalhou.

Carlos Souza também garantiu que as prefeituras de cada município têm autonomia para executar as medidas que consideram seguras, de acordo com a realidade vivenciada nesses locais.

 

“Como isso é uma decisão do prefeito, existem municípios que têm medidas até mais restritivas do que as que estão sendo adotadas em Macapá, no que diz respeito ao funcionamento de estabelecimentos comerciais. O governo deixou os prefeitos muito à vontade. Mas, no estado todo os prefeitos alinharam e vão aderir o lockdown”, finalizou.

Além do controle do fluxo de pessoas nas ruas, a Operação Lockdown também está fiscalizando se medidas restritivas recomendadas pelo Poder Público estão sendo cumpridas nos estabelecimentos comerciais que prestam serviços essenciais.

 

“Vamos atuar principalmente na questão da fiscalização desses estabelecimentos nos bairros onde levaremos as ações, mas também estaremos com a Guarda Municipal e a CTMac nas barreiras, além de levar serviços como a desinfecção e distribuição de máscaras nesses bairros”, garantiu o secretário de Meio Ambiente da capital, Márcio Pimentel.


Deixe seu comentário


Publicidade