Cidades

Produtividade dos funcionários é maior nos países com jornada de trabalho inferior a 6×1

Auditor fiscal do trabalho Ediraldo Homobono, em entrevista na Diário FM, informou que na Inglaterra e Nova Zelândia empresas e colaboradores têm resultados positivos


 

Douglas Lima
Editor

 

O fim da escala de trabalho 6×1, embora não seja uma proposta atual, ainda vem sendo discutida. Mais recentemente, a PEC da deputada Erika Hilton reacendeu o debate. Sobre o tema, o auditor fiscal do trabalho Ediraldo Homobono falou sobre os resultados apresentados por outros países com escala de trabalho inferior à vista no Brasil, também chamada de ‘semana inglesa’.

 

“A jornada 6×1 tem base na medicina do trabalho, não é de hoje, antes era maior. Reduzir a jornada é dar mais saúde ao trabalhador e aumentar a contratação de mais pessoas”, disse o advogado, que complementou relembrando que medidas como 13º salário, fim do trabalho infantil, antes vistas como uma ameaça ao mercado, não quebraram a economia.

 

 

“O que ocorre é uma adaptação; a proposta atual é a redução inicialmente para 40 horas, diminuindo uma hora a cada ano, até chegar em 36h. Algo semelhante aconteceu na Nova Zelândia e Inglaterra, num passado recente, e com dados analisados; os resultados foram bons para a saúde e produtividade dos trabalhadores, também reduziu a rotatividade de contratação. Noventa e dois por cento das empresas continuaram a jornada após o teste”, declarou Ediraldo.

 

Acerca dos setores que mais podem ser afetados com a redução da jornada, o advogado citou o serviços e comércio, explicando que mesmo com a implementação de novas tecnologias, ainda há a necessidade de atendimento humano. “Você pode até apertar um botão para chamar o garçom, mas ainda precisa de alguém para lhe receber”, concluiu.

 


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