Cidades

Professor avalia que petróleo pode reverter grave ameaça que paira sobre futuro da Amazônia

David Zylbersztajn é do Instituto de Energia da PUC Rio e foi diretor-geral da ANP e secretário de energia de São Paulo, no governo de Mário Covas (1995 a 2001)


 

Douglas Lima
Editor

 

Segundo avaliação do professor David Zylbersztajn, em que pese a grita da necessidade de transição para energias renováveis, atualmente 80% do mundo carece dos combustíveis fósseis para viver, e que embora os ambientalistas gostem ou não, isto é inevitável. Os combustíveis fósseis mais usados para produção de energia são o petróleo, carvão mineral e gás.

 

Davis Zylbersztajn é professor do Instituto de Energia da PUC Rio e foi diretor-geral da ANP e secretário de energia de São Paulo, no governo de Mário Covas (1995 a 2001). Na quarta-feira passada, 22, ele publicou artigo no jornal O Estado de São Paulo, defendendo a exploração de petróleo na costa do Amapá, e nesta sexta, 24, falou no LuizMeloEntervista (Diário FM 90,9).

 

 

O entrevistado disse que a tendência atual é o mundo ir buscando alternativas que diminuam o aquecimento global, mas que daqui a 30, 40 ou até 50 anos a fonte energética do combustível fóssil continuará sendo de suma importância. Assim, raciocina, não se pode prescindir do petróleo e do gás natural existentes na Margem Equatorial Foz do Amazonas.

 

David nasceu no sudeste do Brasil. No programa de rádio, ele lembrou que recentemente esteve no Amapá, tendo a oportunidade de ver, ouvir e sentir as carências daqui, bem como o anseio por uma vida com melhor índice de desenvolvimento humano diante da possibilidade de exploração de petróleo no estado.

 

“Nós, ‘sudestinos’, perdemos a capacidade ou o desejo de escutar quem deveríamos”, escreve o professor no artigo no O Estado de São Paulo, e grita que a Amazônia precisa de socorro com o seu 1/3 da região dominado pelo crime organizado, desmatamento e garimpos ilegais, biopirataria e contrabando de ouro e de animais silvestres, entre outros problemas sociais.

 

David conclui o artigo dizendo que atendidas todas as precauções ambientais necessárias, o país, com o petróleo do Amapá, tem em mãos uma oportunidade histórica de reduzir desigualdades regionais, fortalecendo a segurança energética e criando os meios necessários para reverter a grave ameaça que paira sobre o futuro da Amazônia.

 


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