Cidades

Professora diz que investigações contra médicos deveriam se estender às escolas

Segundo a denúncia, diretores e coordenadores pedagógicos da rede oficial de ensino acumulam vários empregos e não cumprem seus horários nas escolas municipais e estaduais


Através do WhatsApp, uma professora que se identificou como Lídia denunciou na manhã desta quarta-feira (20) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que muitos professores e coordenadores pegagógicos das escolas da rede oficial de ensino acumulam vários empregos e não cumprem seus horários nas escolas municipais e estaduais no Amapá. Segundo ela, a investigação que a Polícia Federal (PF) está realizando para apurar o não cumprimento dos plantões por parte de alguns médicos deveria ser estendidos para as escolas.
“Essa investigação sobre os médicos deveria chegar aos profissionais da educação porque a partir escola do momento que as escolas passaram a ser cabide eleitoral para políticos vem acontecendo isso, fazendo com que essa ilegalidade ocorra na falta de cumprimento dos horários dentro dos estabelecimentos de ensino. Pra ter idéia assim como ocorre com médicos, também profissionais da educação fazem a mesma coisa. Hoje temos diretores no município e acredito que também no estado que têm 4, 5, 6 empregos, ou seja, são 4,5,6 espaços que não ocupam, porque um corpo físico não está no mesmo lugar ao mesmo tempo”.
A professora afirma que há diretores e coordenadores pedagógicos que vão às escolas apenas em um dia na semana: “Tem diretores que vão às escolas apenas um dia na semana e assim mesmo simplesmente olham e vão embora. Tem outros profissionais que também fazem isso, mas no caso são mais diretores e coordenadores, e quanto a gente precisa deles, cadê?”, indagou.
A reportagem tentou contato com os gabinetes dos secretários de educação do município (Semed) e do estado (Seed), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
 
Médicos investigados
Mais de 80 médicos estão sendo investigados no Amapá pela Polícia Federal, acusados de receberem pagamentos de plantões sem o cumprimento da carga horária. De acordo com a denúncia, esses profissionais supostamente desenvolvem atividades paralelas nos horários em que deveriam estar trabalhando em unidades de saúde do Estado e dos municípios.
A Polícia Federal não informa os nomes desses médicos porque os inquéritos correm sob sigilo, mas a reportagem apurou que a PF solicitou informações de vinculação e relação de cada médico a todas as unidades de saúde, com o objetivo de fazer um cruzamento de dados e aferir se a denúncia é procedente.

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