Cidades

Profissionais de Saúde do Hospital de Emergência orientam população sobre casos de baixa complexidade

Mais da metade dos casos poderiam ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento municipais, evitando superlotação da unidade


 

O Hospital de Emergência (HE) de Macapá é referência no atendimento a casos graves e de risco iminente de vida. No entanto, diariamente, a unidade recebe um grande número de pacientes com quadros de baixa complexidade, que deveriam ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) municipais.

 

O Governo do Amapá segue no HE o Protocolo de Manchester, sistema internacional que classifica os atendimentos por cores conforme a gravidade do caso. A cor vermelha indica risco iminente de morte, exigindo atendimento imediato. A laranja aponta risco moderado a grave, com necessidade de cuidados rápidos. Já os atendimentos amarelos, verdes e azuis indicam menor risco, podendo ser resolvidos em serviços de atenção básica.

 

 

De acordo com a médica do HE, Kathy Corina Duarte, a maior parte dos pacientes não apresenta risco imediato de morte.

 

“A minoria dos atendimentos são de pacientes com cor laranja para cima, que são o nosso foco no Hospital de Emergência. A maioria chega marcada como verde ou azul, ou seja, casos de baixa complexidade que podem ser tratados em UBSs e UPAs”, explica.

 

Falta de orientação pode comprometer a saúde

Segundo levantamento do HE, 73,5 mil atendimentos foram registrados entre 1º de agosto e 22 de setembro. Destes, cerca de 34,7 mil (47,2%) foram classificados como verde ou azul, de acordo com o enfermeiro Hemerson de Cássio.

 

“Renovação de receitas, dor de garganta, suspeita de infecção urinária, febre, dor de cabeça, vômito ou diarreia são situações que devem ser investigadas na atenção primária. O HE é um pronto-socorro, ele existe para dar resposta rápida aos casos de urgência e emergência”, reforçou.

 

Casos não urgentes implicam em longa espera

Mesmo diante da superlotação, o HE nunca deixa de atender. O Governo do Amapá reforça a orientação para que a população procure primeiro a UBS ou a UPA mais próxima da residência em casos de menor gravidade. Assim, além de garantir um atendimento mais rápido e resolutivo, o HE mantém a missão de salvar vidas em situações de urgência e emergência.

 

“Quando um quadro que poderia ser resolvido cedo na atenção básica é protelado, ele pode evoluir para algo mais grave, que exige internação. Além disso, quando a equipe está ocupada atendendo casos de baixa complexidade, o paciente crítico corre o risco de aguardar mais do que deveria. Isso é muito preocupante”, alertou a médica.

 

 

Kathy Corina Duarte também reforçou a importância dos serviços de atenção básica.

 

“A assistência é imperativa. Nenhum paciente é mandado de volta. Mas precisamos orientar: a porta de entrada do SUS começa pela UBS. É lá que o cuidado preventivo acontece e onde a maioria dos problemas deve ser resolvida”, completou a profissional.

 

 


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