Projeto de Constelação Familiar é executado em unidades para menores infratores
A oficina no CIP foi ministrada para adolescentes em conflito com a Lei, que ainda estão em situação de internação provisória

O Centro de Internação Provisória do Amapá (CIP) recebeu a oficina de Constelação Familiar, ministrada pela consteladora Marilise Einsfeldt, como parte de uma experiência voluntária da especialista em cooperação com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos (Nupemec). Por meio do projeto “Constelação no Cárcere”, as oficinas no sistema socioeducativo foram realizadas como projeto piloto e também atenderam internos do Cesein e internas do Cifem em datas anteriores.
Falando a linguagem dos jovens, o tema abordado foi “Como estou na selfie?”, ou seja, como cada participante está no agora em relação a seus relacionamentos anteriores e sobre a expectativa de relacionamentos futuros. “Quando descortinamos a visão sobre nosso sistema familiar, que é nossa base, e aceitamos todas as suas contradições e o que isso significou para o que somos hoje, passamos a encarar as consequências de nossos atos e a responsabilização por eles”, disse a juíza Gelcinete Lopes, titular do Juizado da Infância e Juventude – Área de Atos Infracionais.
A promotora de Justiça Clarisse Alcântara, afirmou que foi sua primeira experiência como observadora de uma Constelação Familiar. Para ela, é muito importante que o Ministério Público do Estado e a Justiça venham avançando na aplicação das práticas restaurativas. “É um novo olhar sobre a ação socioeducativa, que vê o adolescente em cumprimento de medida, como uma pessoa responsável por seus atos, mas como alguém da nossa convivência e por quem devemos atuar em busca da paz social”, disse.
A oficina no CIP foi ministrada para adolescentes em conflito com a Lei, que ainda estão em situação de internação provisória; técnicos do CIP, além da defensora pública Maricélia Gomes da Silva.
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