Cidades

Projeto de horta familiar na escola apresenta resultados positivos

O programa Escola da Terra compreende quatro ações: formação continuada e acompanhada de professores que trabalham com estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental em escolas multisseriadas no campo e em escolas quilombolas, além dos assessores pedagógicos que terão a função de tutores; oferta de materiais didáticos e pedagógicos; monitoramento e avaliação; gestão, controle e mobilização social.


Cultivar hortaliças e leguminosas sem o uso de agrotóxicos no ambiente escolar, envolvendo pais e alunos, é a ideia do projeto Horta Família e Escola, desenvolvido pela Escola Estadual Graziela Reis de Souza, na zona rural de Tartarugalzinho. A iniciativa foi apresentada no estacionamento da Secretaria de Educação (Seed), em uma exposição que teve diversos projetos que são desenvolvidos pelo programa Escola da Terra, na rede estadual de ensino.

A professora Hildete Santos é uma das responsáveis pelo projeto. A iniciativa atende cerca de 40 alunos do ensino fundamental do 1º ao 5º ano. As hortaliças e leguminosas produzidas são utilizadas na merenda escolar dos estudantes. Em época de grande produção, o excedente é doado para a comunidade.

“Quando a produção é grande, dividimos esses alimentos com os familiares dos nossos alunos, que levam para casa e complementam a alimentação. A partir dessa nova metodologia de trabalho, tivemos que adequar nosso plano de ensino. Agora, está mais condizente com a realidade da comunidade escolar que atendemos”, reforçou a professora.

No Amapá, cerca de 100 profissionais da educação da rede estadual de ensino passaram por curso de aperfeiçoamento com carga horária mínima de 180 horas, pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), em 2018. Foram 28 escolas contempladas em Mazagão, Tartarugalzinho, zonas rurais de Macapá e Santana, Pracuúba, Porto Grande e Ferreira Gomes. A ideia é levar formação para outras unidades escolares em 2019.

“A partir do momento que a gente fez as visitas monitoradas nessas escolas, percebemos que a aprendizagem obtida nos cursos está sendo repassada, também, para a comunidade. O engajamento dos pais é muito importante nesse contexto”, destacou a pedagoga do Núcleo de Educação do Campo da Seed, Fátima Sousa.

Outro projeto em destaque na exposição foi “A Pecuária no Contexto Escolar”, desenvolvido na Escola Estadual São Miguel do Flexal, em Pracuúba, onde 20 alunos do ensino fundamental tiveram várias atividades envolvendo a pecuária extensiva. O projeto reforçou os produtos derivados do leite. A pecuária é o forte da comunidade, com a criação de búfalos.

“Eles não sabiam a importância de cada um desses produtos derivados do leite, como o queijo, a coalhada, manteiga, doce de leite, por exemplo. Através do projeto eles tiveram essa compreensão, além de conhecer técnicas de manuseio evitando contaminação dos produtos produzidos”, disse a professora Iralucia Ramos.


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