Projeto de lei que prioriza gênero em assentos de ônibus é “anacrônico e androfóbico”, classifica Setap
Ressalte-se ainda que a parlamentar sequer procurou operadores do sistema de transporte para opinar ou sugerir algo a respeito do assunto, decidindo por si nesta atitude retrógrada.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá criticou duramente o projeto de lei 119/2018, de autoria da deputada Edna Auzier (PSD), que assegura nos ônibus intermunicipais assentos exclusivos para mulheres.
A crítica da entidade, que reúne as empresas de ônibus que operam no Estado, é que o projeto, além de anacrônico, é impossível de ser cumprido, já que só garante a vaga na saída do ônibus do terminal. “E como fará no decurso da viagem? E em caso de só restar uma vaga e esta for justamente a de uma mulher? E se esse passageiro que pretende embarcar for idoso, doente? Ficará sem poder embarcar pra atender a esse projeto do Apartheid?”, questionou o porta-voz do Setap.
Para o sindicato, enquanto se fala cada dia mais em busca de igualdade de gênero e sexo, surge um projeto com viés de misandria e totalmente preconceituoso.
O Setap também lembra que a legislação vigente estabelece regras específicas para portadores de deficiência física e obesos, com assentos diferenciados, preferenciais ou exclusivos porém com viés de inclusão social, tendo em vista a restrição natural destas pessoas.
Porém, o que sugere a parlamentar é um retrocesso na história humana, a volta do apartheid. “Relembrando: O Apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca”.
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