Cidades

Projeto Procad compara Amapá e Tocantins em seus primeiros 30 anos como estados

Como resultado de projetos de pesquisas, o Mestrado em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável, da Unifap, lança dois e-books ‘Amapá – 80 anos’


 

Dia 8 de setembro, ocorrerá o Seminário online Procad Amazônia, onde será discutido sobre a pesquisa e pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional na Amazônia e o lançamento de dois livros.

 

O Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia (PROCAD-Amazônia), fomentado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,faz parte de uma ação complementar para o fortalecimento da pós-graduação na Região Norte e no estado do Maranhão, com o apoio a projetos de pesquisa conjuntos que construam redes de cooperação acadêmica, com vistas a contribuir para a elevação da qualidade dos cursos oferecidos pelas IES daquela região.

 

O Mestrado em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável da Unifap integra este Programa pelo projeto intitulado Entre estratégias de desenvolvimento regional e as dinâmicas territoriais do Amapá e Tocantins: Intenções de dois Estados em construção, envolvendo três programas de pós-graduação em desenvolvimento regional, das universidades do Amapá, Tocantins e Blumenau.

 

Visando apresentar alguns dos resultados deste Projeto, durante o evento serão lançados dois livros de coletâneas: Amapá: oitenta anos de novas acionalidades e dinâmicas territoriais (1943-2023), organizado pelo Dr. Jadson Porto e; As contradições do desenvolvimento regional na Amazônia Brasileira, organizado pelos Doutores Antônio Sérgio Monteiro Filocreão (Unifap); AlexPizzio (UFT) e Ivo Theis (FURB).

 

A informação sobre a realização da divulgação do estudo foi dada na manhã desta sexta-feira, 1 de setembro, pelo professor de Mestrado em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável, da Unifap, Jadson Porto.

 

O e-book ‘Amapá – 80 anos’, reúne coletânea prefaciada pelo Dr. Adalberto Ribeiro, ex-Secretário de Educação do Estado do Amapá e com sete artigos dele e de pesquisadores convidados, que integram programas de pós-graduação. “Este livro é uma pequena amostra reflexiva sobre este magnífico espaço, sobre um mesmo ente federativo com duas configurações político-administraivas distintas (Enquanto Território Federal e enquanto Estado), cujos intelectuais construtores são partes integrantes de uma massa crítica instalada de no máximo 30 anos de investigações por eles iniciadas”, ressalta Jadson Porto.

 

O professor acrescentou que o e-book, além da obra que leva o nome da publicação, estão em construção mais duas obras: uma sobre os 80 anos dos Territórios Federais, em conjunto com pesquisadores de Rondônia e Roraima;a outra sobre as transformações econômicas e institucionais amapaenses entre 2000-2023, atualizando sua tese doutoral defendida em 2002. Jadson informou que o e-book sobre os 80 anos do Amapá começou a ser pensado quando publicou o artigo intitulado “ Repensando o Estado do Amapá (Brasil): entre (re)formatações e (re)configurações espaciais”, na revista franco-brasileira Confins (https://journals.openedition.org/confins/45717), em 2022, quando traz uma série de periodizações e (re)configurações espaciais levantadas em 25 anos de pesquisa sobre o Amapá”, revelou o autor, que já tem publicados 37 livros sobre o Amapá no decorrer de seus 30 anos de pesquisas, disponíveis em seu site: www.jadsonporto.blogspot.com.br.

 

 

Segundo o professor universitário, a primeira experiência de Território Federal no Brasil ocorreu com o Acre, em 1904. Depois somente na década de 1940 novos entes federativos deste modelo foram inseridos na federação brasileira (em 1942, com Fernando de Noronha; em 1943 com Amapá, Guaporé (atual Rondônia), Rio Branco (atual Roraima), Ponta Porã e Iguaçú, que retornaram aos Estados de origem em 1946).

 

“Por mais que existisse de fato tais entes desde o início do século XX, somente em 1969, pelo Decreto 411, os Territórios Federais foram regulamentados no Brasil”. Explica o professor.“Mesmo com a regulamentação algumas dúvidas aconteceram, promovendo distinções nos usos de seus territórios”. Continua em suas reflexões.

 

O outro e-book, As contradições do desenvolvimento regional na Amazônia Brasileira, prefaciados pela professora emérita da UFPA Edna Castro, foi organizado em 12 capítulos, resultantes de projetos de pesquisas de professores, discentes e egressos dos programas de pós-graduação em desenvolvimento regional das Universidade Federal do Amapá, da Universidade Federal do Tocantins e da Universidade Regional de Blumenau.

 

O professor disse que mesmo com parcos recursos para realização de pesquisas, os órgãos do setor no Amapá têm feito os seus deveres de casa. Ele citou a própria Unifap e Ueap, Iepa, Embrapa e mais recentemente o Ifap. Revelou que já existem 9.614 dissertações e teses sobre o Amapá. “Para quem pensa que não tem nada escrito sobre o Amapá, isso é um ledo engano”, alertou, para assestar: “Só na Unifap, em dezembro de 2022, foi defendida a milésima dissertação”.

 


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