Cidades

Psicóloga diz ser possível superar a pandemia e ser feliz, mas sendo solidário

Claudia Oliveira vai ao rádio dar dicas e orientações para que as pessoas retomem a vida sem culpa, pois a busca da felicidade é algo inerente ao ser humano.


Cleber Barbosa 
da Redação

A psicóloga Claudia Oliveira concedeu entrevista neste sábado (01) no rádio para falar se é possível ser feliz e não se sentir culpado em meio à pandemia. Para ela, diferente da alegria, a felicidade é inerente ao ser humano, uma busca por uma realização que é interior, portanto não precisa ser externalizada.

Falando sobre o tema com a equipe do programa Togas&Becas, na Diário FM (90,9) ela explicou que tristeza e alegria são um estado, portanto vêm e vão, já a felicidade mora dentro das pessoas. “Evidentemente que existem momentos que estamos felizes, outros estamos tristes, mas a felicidade está ali, dentro da gente, mesmo convivendo com a tristeza, pois não podemos esquecer que somos seres resiliente, o que nos faz ressurgir das cinzas e possa realmente viver essa tal felicidade”, filosofou.

Ela comentou também sobre toda a dificuldade que a pandemia está impondo às famílias, como sequer poder fazer o velório de seus entes falecidos, algo que funciona como uma preparação para a despedida propriamente dita. Citando bibliografias ligadas ao tema, ela disse que o luto percorre um processo arraigado no seio da sociedade, velando, homenageando e sepultando quem parte, daí o drama de ser obrigado a pular etapas devido aos protocolos sanitários.

Para a psicóloga, as pessoas estão sendo obrigadas a se reinventar. “Não dá nem para dizer quanto tempo o luto demora, isso varia de pessoa para pessoa, algo subjetivo até. É preciso entender o luto como algo ímpar, que cada indivíduo vai viver da sua maneira, conforme a sua condição, sem aquela de achar que não se pode sequer sorrir só por estar de luto”, completou a especialista.

Empatia
Por fim, ela explicou que as pessoas que superaram a Covid, mantiveram seus empregos ou seus negócios, podendo retomar o curso normal da vida, não devem se sentir culpadas, afinal, há dois tipos de culpa, a real e a imaginária. “Como diz Nando Cordel, a paz do mundo começa em mim, então se fechar e ficar alheio aos problemas do próximo que não teve um desfecho feliz na pandemia sim me parece uma decisão egoísta, mas fazer uma reflexão e um movimento para amenizar a dor e o sofrimento de alguém poderá ajudar muito também”, concluiu.


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