PSOL vai lançar Chico Alencar como candidato à presidência da

 

O PSOL anunciou que vai lançar a candidatura do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) à presidência da Câmara. A eleição será no dia 1º de fevereiro, mesmo dia em que os deputados tomarão posse. Alencar vai disputar o comando da Casa com o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ) e os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG).

“Foi uma decisão da bancada a partir da constatação dos limites e insuficiência dos nomes colocados. Vamos afirmar a nossa concepção de parlamento, tocar na crise profunda da representação dos partidos e levantar na pauta uma série de propostas que outros se recusam a enfrentar”, disse Chico Alencar.

O partido afirma que a candidatura do deputado do Rio de Janeiro “representa uma reação ao discurso de negação da política e à necessidade de que o Legislativo – constituído, predominantemente, por despachantes do grande capital que vertebra o sistema político – se abra aos clamores da população”.

Além de Alencar, a bancada do PSOL terá cinco deputados na próxima legislatura, Ivan Valente (SP), Jean Wyllys (RJ), Edmilson Rodrigues (PA) e Cabo Daciolo (RJ). O lançamento da candidatura ocorre quando as campanhas de Cunha, Chinaglia e Delgado já estão na reta final. Os três parlamentares se lançaram na disputa no ano passado e passaram o mês de janeiro em viagens por todo o país para conquistar o apoio dos colegas.

“As pessoas costumam reproduzir na eleição da presidência da Câmara o esquema das campanhas eleitorais do sufrágio universal. É diferente. Para um eleitorado qualificado como esse, é uma questão de concordar ou não com as propostas. Acho que ir para os estados, fazer propaganda, encher a Câmara de cartazes, é algo da política mais tradicional, que tem métodos de campanha questionáveis”, afirmou Chico Alencar.

Sem citar nomes, o deputado do PSOL criticou promessas de campanha feitas por Arlindo Chinaglia e Eduardo Cunha aos parlamentares, como aumentos salariais e ampliação do prédio da Câmara.

“Falam em construir o Anexo 5 e a gente quer é construir uma ponte entre o Parlamento e a sociedade. Não creio que essa peregrinação pelos estados, essa história de dar Feliz Natal a todos os 513 deputados, consolide propriamente o voto”, disse.

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