Cidades

Reajuste tarifário gera debate entre Setap e CTMac

Novo preço da passagem de ônibus na capital só passará a vigorar após 48 horas da publicação da medida no Diário Oficial da Justiça.


Douglas Lima
Da Redação

 

A nova tarifa de ônibus das linhas urbanas de Macapá, R$ 3,50, só passará a vigorar quando o Setap fizer o ajuste na bilhetagem eletrônica dos veículos, adequando-a ao novo valor. Mas o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá (Setap) só fará esse serviço técnico após a publicação da decisão no Diário Oficial da Justiça, tendo 48 horas para tal.

Enquanto isso, a Companhia de Trânsito e de Transporte de Macapá (CTMac) ingressa na manhã desta terça-feira, 13, na Justiça, pedindo que as empresas de ônibus melhorem o serviço de transporte público municipal.

A informação sobre a movimentação da CTMac pela via judicial foi dada na manhã de hoje pelo diretor presidente da companhia, André Lima, com a explicação de que a medida não diz respeito ao valor reajustado, mas aos compromissos que devem ser cumpridos pelo Setap em face do reajuste tarifário.

A CTMac quer que a empresas instalem cem novos abrigos de passageiros e faça sinalização nas vias da cidade, bem como cumpra alguns acordos para a melhoria do setor que não foram cumpridos no passado.

André Lima disse no rádio que a afirmação de renovação de 90% da frota de ônibus, do acordo celebrado em 2017, invocado pelo Setap, não condiz com a verdade. O acordo previa a inserção de 35 novos veículos, mas apenas nove entraram em circulação.

E acerca de que todos os veículos estão equipados com elevador, há inúmeras reclamações no MP sobre acessibilidade prejudicada, com elevadores quebrados e sem funcionamento.

O diretor presidente disse que entre os descumprimentos do Setap estão veículos sem acesso à internet via Wi-Fi e sem câmeras para monitoramento, repasse da mídia de busdoor não realizado, pagamento de gerenciamento não efetuado e capacitação apenas de 70% dos motoristas, quando foi acordado 100% dos servidores e colaboradores do sistema de transporte coletivo.

Ainda segundo André, há também o não cumprimento de várias cláusulas do acordo de 2017, inserindo na frota quantitativo muito inferior ao estabelecido, ocasionando multas por descumprimento.

Artur Sotão, representando o Setap, também falou no programa LuizMeloEntrevista, antes de André Lima. Ele informou que o sindicato só recorrerá à Justiça, a respeito, do reajuste tarifário, se for o caso, apenas após o julgamento do mérito da questão.

Sotão disse que o sindicato reconhece que não tem cumprido tudo que foi acordado com a CTMac, por questão financeira, mas que há interesse do cumprimento. Ele pontuou que a Prefeitura de Macapá, por sua vez, não cumpre o acordo de melhorar a malha viária da cidade, que continua esburacada, afetando negativamente a conservação dos ônibus.


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